Entenda porque a Ford vai deixar de produzir carros no Brasil

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Nesta segunda-feira (11), a montadora Ford anunciou o fim da produção de carros no Brasil, além do fechamento de algumas de suas fábricas, nas cidades de Camaçari (BA), Taubaté (SP) e Horizonte (CE), onde se concentrava a produção de jipes utilitários da Troller.

Segundo a companhia, as linhas de produção das três cidades terão as atividades encerradas em 2021. Na fábrica em Taubaté, ao menos 830 funcionários devem ser demitidos. Em Horizonte, na Bahia, a empresa emprega 470 pessoas que também devem perder seus empregos com o fim da produção de carros.

A Ford afirma que a produção de peças deve continuar por mais algum tempo, a fim de garantir estoque de componentes de reposição, enquanto os modelos Ka, Ka Sedan e EcoSport deixam de ser produzidos e estarão à venda enquanto durarem os estoques. O modelo T4 segue em linha na unidade de Horizonte até o quarto semestre de 2021.

A empresa ainda afirma que as operações serão mantidas na Argentina e no Uruguai, assim como seu Centro de Desenvolvimento de Produto, na Bahia, o Campo de Provas em Tatuí (SP), e a sede administrativa para América do Sul, em São Paulo.

 

Reestruturação global e fim da produção de carros

 

No Brasil desde 1919, a Ford alega que a decisão de colocar um fim na produção de carros no país faz parta da reestruturação global, que abrange todo o mercado sul-americano. Cerca de 5 mil funcionários serão impactados no Brasil e na Argentina.

O presidente e CEO da Ford, Jim Farley, afirma que “a companhia está definindo os planos de indenização, e, nos casos em que se aplicar, ela será definida como parte do processo de negociação com sindicatos”, segundo a UOL.

A partir de agora, a empresa pretende oferecer apenas produtos importados “de alto valor agregado”, “conectados” e “cada vez mais eletrificados”, segundo o comunicado divulgado para a imprensa.

O comunicado ainda informa que a decisão de suspender a fabricação de automóveis no Brasil é uma das medidas do plano de foco em produtos lucrativos para margem corporativa EBIT de 8%, a fim de gerar “fluxo sustentável de caixa” para a empresa.

Fonte: CDI
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