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Expedição Anamauê chega ao destino e se torna a maior do Brasil

© Expedição Anamauê / Divulgação

Depois de 22 dias, 1.060km navegados e remados, a 4ª edição da Expedição Anamauê chegou ao fim neste final de semana. Os seis remadores dos estados do Rio de Janeiro e do Espírito Santo, que haviam saído no dia 24 de dezembro de Arraial D´Ajuda-BA, chegaram no Centro de Estudos do Mar (CEM), na praia de Jurujuba, em Niterói, na região metropolitana do Rio. Concretizando com sucesso aquela que foi a maior expedição de canoa havaiana do Brasil em trajeto inédito. O último trecho de 120km saindo de Arraial do Cabo, na Região dos Lagos do Rio de Janeiro, em 13 horas de duração na canoa havaiana V6. Eles acordaram à 0h de sexta-feira, começaram a navegação às 2h30 e chegaram em terra firme aproximadamente às 16h.


Foram 22 dias e pouco mais de mil quilômetros sem ajuda de tecnologia.

Foram 22 dias e pouco mais de mil quilômetros sem ajuda de tecnologia. – Expedição Anamauê / Divulgação

Essa foi a primeira tripulação a bater os 1000km em uma canoa havaiana no Brasil, o grupo inaugural a cruzar o Cabo de São Thomé, na região de Campos, e a primeira equipe a fazer o trajeto direto de Arraial do Cabo até Niterói sem apoio. “No último dia navegamos na escuridão, com água muito gelada. Exigiu muito da tripulação. Muito frio. O dia nasceu com muitas nuvens, só foi esquentar pelas 8 da manhã, momento mais frio da viagem. Por volta de meio-dia, muito quente e ficamos parte navegando à vela, parte à remo, vento entrava e saía e mantivemos a constância para não deixar a canoa parada”, disse Daniel Gnone, o carioca mais jovem tripulante do grupo, com 25 anos. “Depois de 22 dias, concluímos nosso grande objetivo de vida. Foi um ano de planejamento e só conseguimos executar graças à equipe. Todos os dias que íamos para o mar, precisava pensar que existiam cinco vidas comigo e não podia errar nas escolhas”, declarou o carioca Douglas Moura, um dos líderes da tripulação.

O trajeto

O primeiro destino foi a praia de Corumbau, no município baiano de Prado, depois desembarcaram na praia que leva o nome da cidade. Condições ruins impediram que a tripulação saísse na data prevista. No dia 27 foram para Nova Viçosa navegando e remando por 80km. Na segunda (28), o grupo teve que abortar a chegada na divisa com o Espírito Santo por uma tempestade e desembarcou na praia de Mucuri-BA. O último trajeto antes da virada do ano foi até Regência-ES, o maior deles com 100 quilômetros, onde aportaram na base da Canoa Polinésia Pataxó, comandada por Ranin Thomé, um dos líderes da 4ª Expedição Anamauê.


Daniel (destaque) e Douglas (fundo) integrantes da tripulação da Expedição Anamauê. – Expedição Anamauê / Divulgação

No dia 2, os velejadores rumaram à Vitória. Depois, partiram em trajeto mais curto para Anchieta-ES. E, no dia 4, foram para o extremo sul do estado, em Marataízes. O grupo cruzou a divisa com o Rio de Janeiro na terça-feira (12). Nesse momento, o grupo foi obrigado a ficar três dias esperando as condições do mar melhorarem. No final de semana, saíram da praia de Grussaí-RJ, e levaram mais de 12h no mar até aportarem em Macaé-RJ. No dia seguinte, chegaram em Búzios-RJ, com ventos de 30 nós e algumas avarias no barco. Depois de aguardarem o mar apresentar melhores condições, o grupo partiu na quinta (14) à Arraial do Cabo e finalizarem a viagem no dia seguinte. O trajeto, feito em uma canoa havaiana V6 adaptada com duas velas, é inédito no Brasil. Os tripulantes não contaram com auxílio de equipamentos eletrônicos, apenas bússola e carta náutica.

Edição: Carol Jardim

Fonte: Juliano Justo – Repórter da TV Brasil e da Rádio Nacional – São Paulo – Agência Brasil – São Paulo
Crédito de imagem: © Expedição Anamauê / Divulgação

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