O plano de vacinação do governo do Estado de São Paulo, da gestão João Doria (PSDB) vai contar com um sistema de arquivos que vai monitorar todos os passos da imunização. As autoridades vão acompanhar e fiscalizar a vacinação desde um pré-cadastro até a aplicação de doses na população. Os sistemas que farão essa logística estão em fase final de desenvolvimento e deverão ser divulgados nos próximos dias.
Qual a importância do sistema de cadastro de vacinação?
O principal intuito é agilizar o ritmo de vacinação. Os sistemas serão responsáveis pelo acompanhamento do status do esquema vacinal além de outros aspectos de farmacovigilância, como avaliação, compreensão e prevenção de efeitos adversos ou outros problemas relacionados ao imunizante. “Detalhes e todas as orientações à população serão passadas pela Secretaria de Estado da Saúde previamente ao início da campanha, visando ao êxito do Plano Estadual de Imunização”, diz o governo, em nota.
“Os dados pessoais de cada cidadão são muito importantes porque esta campanha tem característica diferente da campanha da gripe, por exemplo”, disse Eduardo Ribeiro, secretário-executivo de Saúde, em entrevista à Rede Globo. O secretário explica que o acompanhamento minucioso irá permitir que as autoridades avaliem a eficácia da vacina, notificar algum evento adverso e o mais importante: acompanhar a aplicação da segunda dose, definida para 21 dias após a primeira.
O que é necessário para fazer o cadastro para vacinação?
Os dados do cadastro deverão incluir dados como documento de identidade, número do Cartão SUS e endereço. Segundo a Secretaria de Saúde paulista, cada unidade básica de saúde que contém salas de vacinação já tem cadastro da população de seu território. A secretaria afirma que já possuem em mãos alguns dados que irão permitir um pré-cadastro automático de parte da população, no intuito de agilizar o ritmo de vacinação.
De acordo com o plano de imunização, um sistema que gera um QR-Code está sendo desenvolvido para facilitar a identificação do cidadão durante o processo de vacinação. Esse código poderá ser gerado pela própria pessoa no aplicativo Conecte-SUS, versão digital do Cartão SUS, que pode ser baixado gratuitamente nas lojas de aplicativos dos smartphones.
Importante lembrar que o cidadão que faz parte dos grupos prioritários elegíveis para a primeira fase da vacinação, mas que chega ao serviço de saúde sem o seu QR-Code em mãos, não deixará de ser vacinado. O sistema está sendo desenvolvido para viabilizar o plano de forma mais rápida.
O que é o cartão do SUS?
O cartão do SUS arquiva os dados individuais sobre os usuários do Sistema Único de Saúde, como datas e locais onde o paciente foi atendido, quais serviços foram prestados, por qual profissional e quais procedimentos foram realizados.
Ele pode ser feito de forma gratuita pessoalmente na Secretaria de Saúde do município ou em uma Unidade de Saúde do SUS. Para a emissão do cartão é preciso apresentar o RG, CPF, certidão de nascimento ou casamento. Em alguns municípios é solicitada a apresentação de comprovante de residência.
O Ministério da Saúde e o governo de São Paulo reforçam que “ninguém será impedido de receber atendimento por não portar ou ter um cartão do SUS”.
Como será a vacinação em São Paulo?
A primeira fase de imunização prevê vacinar 9 milhões de pessoas no estado. Os primeiros vacinados, segundo o Plano Estadual de Imunização, serão: profissionais da saúde, pessoas com 60 anos ou mais, indígenas e quilombolas.
De acordo com o governo, 2 milhões de doses semanais da vacina CoronaVac, que está sendo produzida pelo laboratório Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan, serão distribuídas para os municípios. Na capital, a gestão Bruno Covas (PSDB) afirma que serão 3 mil postos e a cidade receberá 600 mil doses diárias.
Conforme divulgado pela secretaria, 10,8 milhões de doses da CoronaVac já foram adquiridas, além de 75 milhões de seringas e agulhas. O estado pretende chegar ao número de 10 mil pontos de vacinação. Além dos 5.200 pontos já existentes, o governo alegou que também serão utilizados locais como escolas, quartéis, estações de trem e metrô, além de terminais de ônibus e sistemas drive-thru.
Calendário de vacinação: de 25 de janeiro a 28 de março
Dose 1:
- 25/1: Profissionais da saúde, indígenas e quilombolas
- 8/2: Pessoas com 75 anos ou mais
- 15/2: Pessoas com 70 a 74 anos
- 22/2: Pessoas com 65 a 69 anos
- 1º/3: Pessoas com 60 a 64 anos
Dose 2:
- 15/2: Profissionais da saúde, indígenas e quilombolas
- 1º/3: Pessoas com 75 anos ou mais
- 8/3: Pessoas com 70 a 74 anos
- 15/3: Pessoas com 65 a 69 anos
- 22/3: Pessoas com 60 a 64 anos
Horários
- De segunda a sexta-feira, das 7h às 22h
- Sábados, domingos e feriados, das 7h às 17h
Fonte: CDI
Informação de imagem: (Foto: Divulgação Governo de São Paulo)