Lisa Montgomery, de 52 anos, foi a primeira mulher sentenciada à morte nos Estados Unidos em quase 70 anos. Montgomery foi condenada por assassinar uma mulher grávida para roubar seu feto, em 2004. A sentença foi a primeira execução federal em uma mulher, além de um dos últimos atos da presidência de Donald Trump.
A execução aconteceu na Penitenciária Federal de Terre Haute, em Indiana, nos Estados Unidos. Conforme informações do departamento de notícias local, Lisa Montgomery recebeu uma injeção letal de acordo com a pena capital recomendada por unanimidade por júri federal e imposta pela Corte Distrital do Missouri.
A Suprema Corte dos Estados Unidos havia rejeitado os últimos recursos apresentados pelos advogados de Montgomery, apesar da discordância de seus três magistrados progressistas. Advogados da até então ré argumentavam que sua cliente sofria graves transtornos mentais em decorrência de agressões e estupros que sofreu na infância, e não compreendia o significado de sua sentença, o que é uma condição essencial para sua execução.
Ao decorrer do caso, um juiz federal suspendeu a execução a pedido da defesa da mulher sentenciada à morte nos Estados Unidos, mas o Departamento de Justiça apelou da decisão e um tribunal de apelação que anulou a decisão do magistrado.
Em 2004, Lisa Montgomery, que era incapaz de ter um novo filho, identificou a vítima do crime na internet. A vítima grávida era uma mulher de 23 anos, criadora de cães. Montgomery e foi até a sua casa, no Missouri, com a desculpa de comprar um cachorro.
No momento do crime, Montgomery estrangulou a vítima, abriu seu útero e pegou o bebê, que incrivelmente sobreviveu. A mulher fugiu com a criança, deixando o corpo da jovem para trás.
Defensor da pena de morte, Trump ignorou uma petição de clemência apresentada por defensores da mulher sentenciada à morte nos Estados Unidos. Após um hiato de 17 anos, a pena de morte foi retomada nos Estados Unidos em execuções federais. Desde então, 10 homens já foram sentenciados.
Fonte: CDI
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