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MASP: conheça a história por trás do maior museu de São Paulo

Um museu na maior cidade do país que tinha como mote, aliar o tudo de mais moderno da arte mundial ao crescimento econômico da época. Assim é a definição da criação do Museu de Arte de São Paulo. O ano de 1947 data a fundação do museu que vive sem fins lucrativos e que se tornou o cartão postal da capital paulista. Conheça a história do MASP. 

História do MASP: Chatô, Pietro e Lina Bo Bardi

A ideia central partiu do jornalista Assis Chateaubriand (1892-1968), conhecido como Chatô e do crítico de arte italiano Pietro Maria Bardi (1900-1999), que foi quem escolheu pessoalmente o acervo das primeiras obras expostas no museu, selecionadas na Europa pós-guerra.

O projeto arquitetônico é de responsabilidade de Lina Bo Bardi (1914-1992). Entre o projeto e a execução, o Masp levou 12 anos para ser finalizado. Hoje em dia ele é considerado um museu referência do país.

O começo do MASP

O museu foi inaugurado, primeiramente, na rua 7 de Abril, no coração do centro de São Paulo. No centro, o museu ocupou o segundo andar do edifício dos Diários Associados – o império jornalístico de Chatô. Lá funcionavam 34 jornais, 36 emissoras de rádio, editora, a revista O Cruzeiro e mais tarde, 18 estações de televisão, incluindo a TV Tupi.

A estrutura inicial previa espaços para exposições periódicas e didáticas, mas contava ainda com uma área singela que totalizava cerca de mil metros quadrados. Somente em 1968 foi transferido para a Avenida Paulista, após a prefeitura doar o terreno para a instalação da nova sede.

Antes de ter essa aparência – concreto e vermelho nas laterais, que virou, sem dúvida, o cartão postal de São Paulo, o Masp passou por algumas alterações, obviamente sem perder a essência original do projeto.

Localizado hoje nas adjacências do Trianon, o Masp teve papel fundamental na criação do setor financeiro da cidade de São Paulo, uma vez que, na década de 50/60, a Paulista passou por intensa verticalização e mudava, paulatinamente, um centro comercial, financeiro e cultural de SP.

Projeto arquitetônico

Icônica, Lina Bo Bardi aceitou o desafio de fazer um projeto expográfico, que mesmo com superfícies ásperas, teria de trazer leveza, transparência e suspensão. O ‘vão do Masp’ também não é em vão. Assim que a prefeitura da época realizou a doação do terreno, um dos argumentos para tal, estava em preservar a vista panorâmica que se tem da Avenida Nove de Julho e da Serra da Cantareira. Por isso, a área aberta na entrada do museu, que além de ter 70 metros de extensão, abrigou e ainda acolhe diferentes manifestações artísticas e políticas ate hoje.

Acervo do museu

O Masp reúne mais de 11 mil obras, incluindo pinturas, esculturas, objetos, fotografias, conteúdos audiovisual, vestuário de diversos períodos da história e traz a quem visita, produções europeias, africanas, asiáticas e das Américas.

Fazem parte do acervo do Masp as obras:

Ao visitar o Masp é possível conferir os cavaletes de cristal aparados apenas pelo concreto do teto, do segundo andar do edifício. A ideia partiu de Lina, que traz ao Brasil, já naquela época, o tradicional modelo de museu europeu, no qual o espectador é levado a seguir uma narrativa linear das obras nas salas através de um espaço límpido e fluido.

Essa expografia suspensa e transparente permite ao público um convívio mais próximo com o acervo uma vez que ele pode escolher o seu percurso entre as obras, contorná-las e visualizar o seu verso, legendas e molduras, ou seja, a obra como um todo.

Visita da Rainha Elizabeth II

Considerado um evento de proporções gigantescas, a inauguração do Masp na Avenida Paulista foi, literalmente, digno de realeza. Isso porque a rainha da Inglaterra, Elizabeth II veio especialmente para o evento. Por conta de sua presença, a Avenida Paulista acabou congestionada atrasou o início das comemorações.

Como visitar o Masp?

O Masp fica na Avenida Paulista, n° 1.578. O acesso até o local pode ser através da linha verde do Metrô SP pela Estação Trianon-MASP, de ônibus (qualquer um que passe pela Avenida Paulista, de bike – há um biciletário disponível atrás da bilheteria, de carro – uma dica é procurar um estacionamento próximo ou apé pra quem mora ou está hospedado no centro de São Paulo.

Horários

  • Terça-feira: 10h às 20h (entrada gratuita)
  • Quarta, quinta e sexta-feira: 13h às 19h
  • Sábado e Domingo: 10h às 18h

Vale lembrar que às terças a entrada é gratuita mediante reserva online de ingressos através do site do museu. Os ingressos custam em média R$ 45 a inteira. Estudantes, professor e idosos pagam meia.

Fonte: CDI
Informação de imagem: Rainha Elizabeth II esteve no Brasil para a inauguração do museu na Paulista (Foto: Divulgação)

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