Mourão afirma que vai tomar a vacina da Covid-19 e defende o imunizante

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Hamilton Mourão (PRTB), vice-presidente do Brasil, afirmou nesta segunda-feira (11) que irá tomar a vacina contra Covid-19. Disse também que vai tomar o imunizante “de acordo com o planejamento”, ou seja, não passará na frente das pessoas que têm prioridade segundo os critérios definidos pelo Ministério da Saúde. A declaração do vice-presidente vai na contramão do que defendido fielmente por Jair Bolsonaro, presidente da República, que já afirmou que não irá tomar a vacina. 

Mourão defende a importância da vacina contra a Covid-19

Mourão estava em isolamento há 12 dias por conta da Covid-19, no Palácio do Jaburu, para tratar da doença. O resultado positivo foi divulgado em 27 de dezembro. Para jornalistas, o vice-presidente defendeu ainda que a imunização contra a Covid-19 é uma questão coletiva, e não individual. 

“[Pretendo tomar a vacina] dentro da minha vez. Eu sou grupo dois de acordo com o planejamento [do Ministério da Saúde]. Não vou furar a fila, a não ser que seja propagandística”, disse o vice-presidente. Ele se referiu à possibilidade de tomar vacina antes do prazo para incentivar a população a aderir à campanha de imunização.

-->O vice-presidente defendeu ainda que “a vacina é para todo o país” e é “uma questão coletiva.” Ainda diferente de Jair Bolsonaro, que tem dito que além de não tomar a vacina, defende que ninguém seja obrigado a se vacinar. “Eu acho que a vacina é para o país como um todo, é uma questão coletiva, não individual. O indivíduo aqui está subordinado ao coletivo, neste caso”, disse Mourão.

O vice falou sobre o período de isolamento e os sintomas da doença. “Eu tive três dias ali que realmente os sintomas foram mais pesados e, depois, não”, disse “A partir do quinto, sexto dia, eu estava bem”, descreveu. Além disso, lamentou o “número elevado” de mortes por Covid-19 no Brasil. O país já passa de 203 mil vidas perdidas. 

Mourão fala sobre o início da vacinação no Brasil

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) possui o pedido de uso emergencial no Brasil de duas vacinas contra a Covid-19. Uma é do Instituto Butantan, desenvolvida em parceria com o laboratório chinês Sinovac. A outra é desenvolvida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em parceria com a Universidade de Oxford e o laboratório AstraZeneca, do Reino Unido. A agência de vigilância analisa os dois pedidos atualmente. 

A respeito da falta de seringas e agulhas para a vacinação contra a Covid-19, Mourão afirmou que o governo está preparado para iniciar a campanha e que o planejamento não será afetado. Além disso, afirmou que o governo irá vacinar a população com qualquer vacina que a Anvisa certificar. 

“Eu julgo que o pessoal da Saúde vinha preparando isso aí. Eu desde o ano passado disse que o governo ia adquirir toda e qualquer vacina que fosse certificada pela Anvisa. Ficou aquela discussão e, no final das contas, estão sendo adquiridas as vacinas que vão ser certificadas. Os estados têm material para iniciar a imunização e o governo federal pode fazer uma requisição de seringas e agulhas e completar aquilo que for necessário.”

 

Vice-presidente repudia ataques à Capitólio, nos EUA

Em entrevista à Rádio Gaúcha, Mourão falou sobre a invasão ao prédio do Capitólio, sede do Congresso dos EUA, por apoiadores do presidente Donald Trump. Ele afirma que, para ele, o processo eleitoral nos EUA foi “correto”. “A justiça de lá [EUA] analisou e entendeu que não houve problema. Julgo que o processo eleitoral está correto”, disse. Mourão condenou a violência dos invasores que, assim como o presidente Trump, não aceitam a derrota de nas eleições presidenciais do ano passado. 

Fonte: CDI
Informação de imagem: (Foto: Reprodução Instagram @vprhamiltonmourao)