Dezenas de mulheres ligadas a movimentos feministas, integrantes de organizações não-governamentais (Ongs) e coletivos de enfrentamento à violência contra a mulher, estudantes e profissionais liberais, protestaram em frente ao Palácio Paiáguas, na manhã desta segunda (18). O grupo cobrava o afastamento do presidente do Indea-MT, Marcos Catão Dornelas Vilaça, denunciado por assédio sexual contra uma comissionada de 19 anos que pediu exoneração ainda em novembro do ano passado.
O presidente do Indea retornou hoje de férias e foi chamado para uma reunião com o secretário-chefe da Casa Civil, Mauro Carvalho. Estudam-se algumas alternativas, como licença do cargo por alguns dias, até que sejam concluídas as investigações, ou exoneração. Por outro lado, o próprio Catão não demonstra mais interesse em continuar no cargo. Ainda hoje sai uma definição do Paiaguás sobre a situação.
O ato foi apoiado por lideranças femininas das mais diversas correntes políticas e ideológicas. A lista inclui a deputada estadual Janaina Riva (MDB), a deputada federal Rosa Neide (PT), as vereadores por Cuiabá Edna Sampaio (PT) e Michely Alencar(DEM), a suplente de deputada federal, Gisela Simona (Pros), empresária e suplente de senadora Margareth Buzetti (PP), além da secretária da Mulher da Capital Luciana Zamproni.
As manifestantes, que usavam camiseta preta com a frase “Até Quando?” cobravam uma posição enérgica do governador Mauro Mendes (DEM). Segundo elas, Catão deve se defender da acusação longe do Indea para não existir o risco de cercear possíveis testemunhas.
Manifestações
A publicitária Flávia Costa disse que a mobilização cobra o compromisso das autoridades quanto ao número cada vez maior de agressões e mortes que tem tornado os feminicídios uma violência banal no Estado.
A jornalista Batalha, destaca que mesmo em silêncio, o grito das mulheres chegou até o governador Mauro Mendes. Por isso, acredita que providências serão tomadas.
A secretária da Mulher da Capital Luciana Zamproni disse que o manifesto pede para que Marcos Catão seja afastado para ter transparência nas investigações e que o ato representa o grito de socorro das mulheres cansadas de não poder sair trabalhar com tranqüilidade.
Reunião
Representantes do movimento devem se reunir, às 14h30, com Mauro Carvalho. A agenda será reservada.
Por RDNews