A Usina Angra 2 completou nesta semana 20 anos de funcionamento. Com potência de 1.350 megawatts (MW), a usina pode atender o consumo de uma cidade de 2 milhões de habitantes, como Belo Horizonte, informou hoje (3) a Eletronuclear, subsidiária da Eletrobras, responsável pela construção e operação das usinas nucleares no Brasil. Desde sua entrada em operação comercial, em 1º de fevereiro de 2001, até junho do ano passado, Angra 2 gerou mais de 200 milhões de megawatts-hora (MWh).
A Eletronuclear destacou que a usina mostrou-se relevante logo que foi conectada ao Sistema Interligado Nacional (SIN) porque, na época, o Brasil passava por uma grave crise energética e a unidade foi fundamental para reduzir o impacto do racionamento de energia em vigor, permitindo economia da água dos reservatórios das hidrelétricas.
Em 2017, Angra 2 bateu seu recorde de produção de energia bruta, com a geração de 11.535.500 MWh. No ano passado, a usina gerou 9.448.896 MWh, alcançando fatores de disponibilidade de 80,18% e de capacidade de 79,44%. Além disso, o indicador de taxa de perda forçada fechou o último ano em 0,02%. “Esse número baixíssimo demonstra que as práticas operacionais e de manutenção da usina estão de acordo com o que há de melhor na indústria nuclear”, ressaltou a empresa, por meio de sua assessoria de imprensa.
O diretor de Operação e Comercialização da Eletronuclear, João Carlos da Cunha Bastos, destacou que Angra 2 completou dois anos sem nenhum desligamento imprevisto. Para Bastos, este é um marco importante e resulta do trabalho feito ao longo dos três últimos anos para correção de pequenos defeitos da usina. “Quando não se tem desarmes, isso significa que a planta está operando com graus de segurança e confiabilidade altíssimos.”
Confiabilidade
Bastos informou que, em duas décadas, Angra 2 provou ser uma usina eficiente, aparecendo entre as dez plantas nucleares de maior geração do mundo mais de uma vez, e ficando à frente, inclusive, de unidades com potência superior. “Angra 2, juntamente com Angra 1, opera na base do sistema com uma confiabilidade muito grande, o que proporciona estabilidade ao sistema interligado”, afirmou.
Para o presidente da Eletronuclear, Leonam dos Santos Guimarães, o bom resultado de Angra 2, e também o de Angra 1, decorre da dedicação de seus profissionais ao longo do tempo e também em 2020, apesar da pandemia do novo coronavírus. “Temos um corpo funcional comprometido, que tem se superado durante a pandemia para manter nossas usinas operando com excelência e continuar o trabalho nos demais empreendimentos da empresa. Isso é motivo de orgulho para toda a organização”, disse Guimarães.
Primeira usina da Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto, instalada no município de Angra dos Reis, Costa Verde fluminense, a Usina Angra 1 também mostrou desempenho significativo no ano passado. A unidade produziu 4.603.623 MWh de energia elétrica bruta, atingindo fatores de disponibilidade de 82,39% e de capacidade de 81,26%.
Edição: Nádia Franco
Fonte: Alana Gandra – Repórter da Agência Brasil – Rio de Janeiro
Crédito de imagem: © Divulgação Eletronuclear