Biden faz primeiro contato com a China e cita conflitos territoriais

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O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, realizou o primeiro contato diplomático com o presidente da China, Xi Jinping. De acordo com comunicado emitido pela Casa Branca sobre a conversa, que foi realizada ontem (10), o presidente Biden mandou saudações a toda população chinesa pelo Ano Novo Lunar, que será comemorado amanhã (12), e afirmou as prioridades do novo governo.

Segundo Biden, as metas da nova administração incluem a manutenção da segurança, prosperidade, saúde e do modo de vida norte-americano. Biden também frisou a importância da paz e da liberdade indo-pacífica.

O presidente norte-americano aproveitou a oportunidade para fazer críticas ao que chamou de “práticas econômicas injustas e coercitivas”, às manifestações por liberdade política em Hong Kong, às violações aos direitos humanos em Xinjiang – onde a população minoritária da etnia uigur passa por intenso conflito com a população chinesa – e às ações “assertivas” na região de Taiwan.

Xin Jinping argumentou que eventuais confrontos entre as duas potências econômicas seriam desastrosos, e afirmou que as questões territoriais citadas pelo presidente americano deveriam ser encaradas “com cautela”, já que são consideradas pontos de “soberania e integridade territorial” do país.

Segundo a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, o governo chinês havia se manifestado previamente solicitando que os Estados Unidos se mantivessem distantes das questões citadas por Biden.

Xi parabenizou Biden por sua eleição em uma mensagem em novembro, embora Biden o tenha chamado de “bandido” durante a campanha e prometido liderar um esforço internacional para “pressionar, isolar e punir a China.”

Em conversas com senadores americanos hoje, Biden afirmou que “Se não começarmos a nos mexer, eles vão comer o nosso almoço.”

“Eles estão investindo bilhões de dólares em uma série de questões que tem a ver com transportes, meio ambiente e uma gama de outras coisas. Precisamos de um passo à frente”, afirmou.

Fonte: Pedro Ivo de Oliveira – Repórter da Agência Brasil * – Brasília