O senador Wellington Fagundes (PL), líder do Bloco Vanguarda (DEM-PL-PSC) do Senado, está na lista dos parlamentares que mais receberam recursos dos R$ 3 bilhões que o Governo Federal destinou para 250 deputados e 35 senadores aplicarem em obras nos seus redutos eleitorais em meio a disputa pelas presidências da Câmara e do Senado.
Conforme levantamento do jornal o Estado de S. Paulo, Wellington R$ 54,3 milhões. O senador por Mato Grosso é o 12º da lista, atrás de lideranças como o ex-presidente do Senado Davi Alcolumbre (DEM-AP) e o próprio recém eleito presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL), mas melhor colocado que a ministro da Agricultura Tereza Cristina (DEM-MS) e o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab (atualmente sem mandato”, o que demonstra sua influência no Congresso Nacional.
O dinheiro saiu do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR). O Estadão teve acesso planilha interna de controle de verbas, até então sigilosa, com os nomes dos parlamentares contemplados com os recursos “extras”, que vão além dos que eles já têm direito de indicar em forma de emendas impositivas, que ultrapassam os R$ 163 milhões individualmente.
A oferta de recursos foi feita no gabinete do ministro Luiz Eduardo Ramos, da A Secretaria de Governo da Presidência da República. A pasta das candidaturas de Arthur Lira e do senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG), que venceram na Câmara e no Senado com apoio do presidente da República Jair Bolsonaro.
A planilha, informal e sem timbre, inclui repasses de recursos do Orçamento da União que não são rastreáveis por mecanismos públicos de transparência. São os chamados “recursos extraorçamentários”, no linguajar do Congresso. Neste tipo de negociação, os valores são repassados a prefeitos indicados por deputados ou senadores sem que o nome do político fique carimbado, como ocorre na emenda parlamentar tradicional. Desta forma, se houver irregularidade na aplicação dos recursos, não é possível saber se há algum envolvimento do parlamentar que distribuiu a verba para determinada obra.
Pela assessoria, Wellington informou que sempre trabalhou para garantir emendas que resultam em obras em benefício da população mato-grossense. Sobre o apoio a Rodrigo Pacheco, pontuou que o senador é membro do Bloco Vanguarda que lidera e por questão de lealdade, seu apoio na eleição para presidência do Senado, nunca esteve condicionado a nenhum tipo de sinalização do Planalto ou do próprio candidato.
Por RDNews