As camisas do jogadores de Remo e Brasiliense no último jogo da final da edição 2020 da Copa Verde terão patches (apliques) alusivos às faunas da Amazônia e do Pantanal, biomas presentes nas regiões cujos times particpam da competição. A iniciativa visa incentiva a preservação das espécies. A decisão do título da Copa Verde será amanha (24), às 16h (horário de Brasília), no Magueirão, em Belém, com transmissão ao vivo da TV Brasil. No último domingo (20), partida de ida, o Brasiliense venceu o Remo em casa, por 2 a 1, e tem a vantagem do empate nesta quarta-feira (24) levar o título. Já o Remo terá de que ganhar, ao menos, por dois gols de diferença para ser campeão no tempo regulamentar.. Se o placar agregado terminar igual, o título será definido nos pênaltis.
O patch do Remo homenageará a onça-pintada, espécie em extinção. Segundo a Associação Não-Governamental (ONG) Onçafari, o Brasil abriga 50% da população de onças-pintadas no mundo. Ainda de acordo com a ONG, o maior refúgio destes animais é justamente a Amazônia, mas o desmatamento e a caça têm ameaçado a sobrevivência deles. Pantanal, Mata Atlântica, Cerrado e Caatinga também são biomas brasileiros com presença de onças-pintadas, mas em situações que variam de “quase ameaçada” para “criticamente ameaçada”.
O Brasiliense, por sua vez, terá um patch alusivo à arara-azul. DE acordo com o Instituto Arara Azul, mais de dez mil aves desta espécie foram retiradas da natureza até os anos de 1980, devido à captura para comercialização, descaracterização do ambiente e coleta de penas para souvenirs. A ONG realiza um projeto de conservação da espécie com o monitoramento de ninhos (naturais e artificiais) no Pantanal e ações de educação ambiental. Segundo o instituto, a população de araras-azuis triplicou, mas segue sob atenção, devido à fragilidade das aves.
O vencedor da Copa Verde será agraciado com três taças. Além da tradicional, o campeão receberá um troféu vivo, com mudas para serem plantadas na sede do clube, e outro feito de madeira certificada, idealizado pelo artista Paulo Alves. As mudas são referentes aos biomas das regiões dos finalistas: bacupari da Amazônia e puruí do Cerrado. O atleta que for eleito o melhor em campo também será premiado com um troféu de madeira certificada, idealizado pela designer Roberta Rampazzo.
A competição reúne times do Espírito Santo e das regiões Norte e Centro-Oeste e ocorre desde 2014. Cuiabá (2015 e 2019) e Paysandu (2016 e 2018), com dois títulos cada, são os maiores vencedores, seguidos por Brasília (2014) e Luverdense (2017).
Edição: Cláudia Soares Rodrigues
Fonte: Lincoln Chaves – Repórter da TV Brasil e Rádio Nacional – São Paulo
Crédito de imagem: © Divulgação/Associação Onçafari