Ícone do site Hora 1 MT Notícias

Fundador do CV vai para prisão domiciliar por ser grupo de risco do coronavírus

Um dos fundadores do Comando Vermelho (CV) em Mato Grosso, Renildo Silva Rios deve cumprir suas condenações em casa. Isso porque Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ-MT) acatou pedido para sua prisão domiciliar. Ele é considerado grupo de risco do novo coronavírus.

Renildo, até então, estava detido na Penitenciária Major Zuzi Alves, em Água Boa (a 741 km de Cuiabá). Decisão foi publicada nesta terça (2).

De acordo com a defesa de Renildo, ele é diabético, asmático e hipertenso. No entendimento do desembargador Rui Ramos Ribeiro, relator do processo, decisão tem caráter humanitário e vem da necessidade de preservar a saúde do detento.

“O beneficiário é portador de diabetes e hipertensão, ou seja, é pertencente ao grupo de risco do Covid-19. Para preservar a integridade física e moral do beneficiário, em virtude da condição de saúde do mesmo, deve adotar as recomendações da Resolução 62/2020, do Conselho Nacional de Justiça”, diz trecho do documento.

Medida, no entanto, é uma concessão temporária e excepcional. Apesar de não ter citado um prazo, desembargador afirmou que decisão pode ser revista a qualquer momento pelo juiz.

Crimes

Fundador do CV no Estado cumpria pena pelos crimes de formação de quadrilha e homicídio. Ele agia ao lado Sandro Silva Rabelo, o “Sandro Louco”. Entre suas vítimas está Alesson Alex de Souza, assassinado em setembro de 2013, no Centro de Ressocialização de Cuiabá (CRC).

Na data do crime, ele teria dado uma mistura de cocaína e medicamentos, denominada “gatorade”, para que a vítima bebesse. Ele foi “condenado” a morte por se relacionar com a mulher de um outro detento.

Renivaldo participava ainda do “Conselho Final” da facção, que pune membros, com advertência e até morte, por má conduta.

A facção criminosa Comando Vermelho conseguiu, de 2014 a 2020, elevar o número de integrantes em 1150%, chegando a 10 mil “batizados” no ano passado. Na Operação Grená, deflagrada pela Polícia Civil em 2014, eram apenas 800.

 

Por RDNews

Sair da versão mobile