O Rio de Janeiro recebeu neste sábado (27) lotes da matéria-prima para a produção de 12,2 milhões de doses da vacina Oxford/AstraZeneca contra a Covid-19.
O avião com a carga saiu da China na noite de quinta-feira (25) e aterrissou no Aeroporto Internacional Tom Jobim, o Galeão, às 18h05 deste sábado. A aeronave trouxe o Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA), que será usado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) para produzir o imunizante em solo brasileiro.
A matéria-prima chegou cerca de uma hora depois na Fiocruz, em Manguinhos, após liberação da carga no aeroporto.
As doses devem ser entregues ao Ministério da Saúde durante o mês de março.
Essa remessa de IFA representa o segundo e terceiro lotes do insumo comprado no país asiático.
Primeiro lote já está sendo envasado
No dia 12 de fevereiro, a Fiocruz deu início ao envase do primeiro lote de IFA da vacina Covid-19, que chegou ao Brasil no dia 6 de fevereiro. São 90 litros de IFA, suficientes para a produção de 2,8 milhões de doses.
Resumo do cronograma:
- 12 de fevereiro: Início do envase do primeiro lote com insumo para fabricação pela Fiocruz;
- 27 de fevereiro: Previsão de chegada do segundo e terceiro lotes com insumo para fabricação pela Fiocruz;
- De 15 a 19 de março: Previsão de entrega do primeiro 1 milhão de vacinas produzidas no Brasil à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que precisa dar o aval para utilização do produto.
O processamento das doses no Brasil inclui as seguintes etapas:
- Formulação: o IFA passa por um processo de diluição e é acrescida uma solução para garantir a manutenção das propriedades da vacina e possibilitar a sua armazenagem de 2 a 8ºC;
- Envase: processo no qual o líquido é inserido, de forma automatizada, em pequenos frascos de vidro (os mesmos que serão utilizados nos postos de saúde);
- Lacre: já com o imunizante, os frascos são fechados com uma rolha de borracha e seguem para a recravação, onde recebem um lacre de alumínio;
- Controle de Qualidade: as vacinas seguem para o Controle de Qualidade interno de Bio-Manguinhos, onde uma análise minuciosa irá garantir a sua integridade e segurança.
Segundo a Fiocruz, a produção será escalonada ao longo dos primeiros meses para manter a meta de entregar 100,4 milhões de doses até julho deste ano ao governo federal, conforme prevê o “Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19”, divulgado no dia 16 de dezembro.
A partir do segundo semestre deste ano não será mais necessária a importação do IFA, que passará a ser produzido em Bio-Manguinhos, após a conclusão da transferência de tecnologia.
De agosto a dezembro serão mais 110 milhões de doses de vacinas produzidas inteiramente na instituição.
Por G1