Museu Nacional do Rio de Janeiro dá mais um passo em sua reconstrução

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© Fernando Frazão/Agência Brasil

 

A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) anunciou neste sábado (20) que a elaboração do projeto de arquitetura e restauro do Museu Nacional do Rio de Janeiro ficará a cargo do consórcio H+F Arquitetos e Atelier de Arquitetura e Desenho Urbano, vencedor de licitação realizada pelo Projeto Museu Nacional Vive. O projeto engloba estudos arquitetônicos, de legislação, fluxos de circulação, sustentabilidade, acessibilidade, segurança e conforto ambiental para reconstrução do museu, atingido por incêndio de grandes proporções no dia 2 de setembro de 2018.

O saguão de acesso às exposições combina elementos novos e antigos, num arranjo que insere o incêndio na narrativa histórica do edifício
O saguão de acesso às exposições combina elementos novos e antigos, num arranjo que insere o incêndio na narrativa histórica do edifício

O saguão de acesso às exposições combina elementos novos e antigos, num arranjo que insere o incêndio na narrativa histórica do edifício – Museu Nacional/UFRJ

“Esse novo projeto arquitetônico atenderá aos mais rigorosos padrões internacionais de acessibilidade e segurança, o que tornará o Museu Nacional uma fonte renovada de cultura e história ainda mais integrada à comunidade. No momento em que o mundo atravessa uma das crises mais difíceis de sua história, a busca por soluções conjuntas e inovadoras é imperativa para termos, no menor prazo possível, o Museu Nacional aberto para o público”, disse, em nota, a diretora e representante da Unesco no Brasil, Marlova Jovchelovitch Noleto.

Vista do Pátio da Escadaria Monumental com sua nova cobertura transparente
Vista do Pátio da Escadaria Monumental com sua nova cobertura transparente

Vista do Pátio da Escadaria Monumental com sua nova cobertura transparente – Museu Nacional/UFRJ

O edital contemplou ainda aspectos previstos no Programa de Revitalização do Museu, desenvolvido por servidores da instituição antes do incêndio.

“O projeto de arquitetura do seu interior encontra-se em formação, que será feito em conjunto com diversos parceiros, incluindo o Iphan, levando-se em conta o que queremos ser: um museu de História Natural e Antropologia inovador, sustentável e acessível que promova a valorização do patrimônio científico e cultural e que, pelo olhar da ciência, convide à reflexão sobre o mundo que nos cerca e, ao mesmo tempo, nos leve a sonhar. A escolha do consórcio para a realização do projeto de arquitetura é o primeiro passo decisivo nessa direção”, disse o diretor do Museu Nacional, Alexander Kellner.

Esquema visual mostra as novas conexões do Museu com a Quinta da Boa Vista
Esquema visual mostra as novas conexões do Museu com a Quinta da Boa Vista

Esquema visual mostra as novas conexões do Museu com a Quinta da Boa Vista – Museu Nacional/UFRJ

Segundo a reitora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Denise Pires de Carvalho, em 2021, está prevista a inauguração do campus de Pesquisa e Ensino do Museu Nacional e, em 2022, deve ser inaugurado o Bloco 1, com a celebração do bicentenário da Independência do Brasil.

“Nossa proposta busca o restauro não apenas do Paço de São Cristóvão, mas também do conjunto de espaços livres que o circundam, ampliando a integração do museu com a Quinta da Boa Vista e organizando um conjunto mais articulado e inclusivo”, informou o arquiteto Pablo Hereñú, do consórcio H+F Arquitetos e Atelier de Arquitetura e Desenho Urbano, que vai coordenar o desenvolvimento do projeto.

O investimento do Projeto Museu Nacional Vive nesta fase será de R$ 2.695.212,50. O prazo de execução das atividades contratadas é de 18 meses.

Edição: Aécio Amado

Fonte: Ana Cristina Campos – Repórter da Agência Brasil – Rio de Janeiro
Crédito de imagem: © Fernando Frazão/Agência Brasil