Prefeito Bruno Covas volta a fazer quimioterapia

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© Rovena Rosa/Agência Brasil

O prefeito de São Paulo, Bruno Covas, iniciou ontem (17) um novo tratamento quimioterápico após os médicos descobrirem um novo nódulo no fígado. O prefeito não precisará se afastar de suas funções durante o tratamento, segundo os médicos do Hospital Sírio Libanês, onde Covas está internado.

“O prefeito confirma que não vai se afastar, que vai continuar trabalhando. Ele está trabalhando. Se surgir um fato novo, alguma consequência da quimioterapia, isso será discutido em outro momento. Agora, ele continua trabalhando, continua despachando normalmente”, disse o médico David Uip.

Covas foi internado na terça-feira (16) para passar por uma bateria de exames de controle da doença. Os exames, realizados ontem, demonstraram sucesso da radioterapia no controle dos linfonodos, próximos ao estômago. No entanto, demonstraram também o surgimento de um novo nódulo no fígado. Com a descoberta, o tratamento que Covas fazia por meio de imunoterapia vai ser interrompido e o prefeito terá que passar por um novo protocolo de quimioterapia, que prevê quatro sessões de 48 horas de tratamento, com intervalos de 14 dias entre elas.

Segundo os médicos, Covas está bem e se alimentando normalmente, devendo permanecer no hospital até amanhã (19) ou sábado (20). Os exames de rotina pelos quais ele passou essa semana, disseram os médicos, mostraram que o câncer no sistema digestivo que ele trata desde 2019 “ganhou terreno”, mas que o novo módulo é menor do que o que foi encontrado antes e em um local diferente. “Observou-se o surgimento de um pequeno nódulo hepático, o que nos sugere que a doença tenha conseguido ganhar terreno apesar da imunoterapia”, disse o oncologista Artur Katz.

Histórico

Em outubro de 2019, Bruno Covas foi diagnosticado com adenocarcinoma, um tipo de câncer na região de transição do esôfago para o estômago, além de uma metástase no fígado e uma lesão nos linfonodos. Após o diagnóstico, ele iniciou um tratamento de quatro meses de quimioterapia.

Em fevereiro do ano passado, os exames demonstraram regressão da lesão esôfago-gástrica e da lesão hepática, mas uma biópsia detectou que o câncer nos linfonodos ainda persistia e os médicos decidiram então iniciar uma nova fase de tratamento, baseado em imunoterapia, uma estratégia que permite ao próprio sistema imune do paciente combater a doença. Exames feitos pelo prefeito em abril demonstraram controle da lesão em linfonodos.

Edição: Fernando Fraga

Fonte: Elaine Patricia Cruz – Repórter da Agência Brasil – São Paulo
Crédito de imagem: © Rovena Rosa/Agência Brasil