Voz do Comando Vermelho, Pedro Paulo de Arruda, de 29 anos, é o segundo preso pela morte da empresária Rosemeire Soares Perin, de 52. O corpo dela foi encontrado na comunidade de Passagem da Conceição, na tarde desta quinta (18). Conforme o primeiro preso Jefferson Rodrigues da Silva, de 33 anos, Pedro foi quem desacordou, amarrou, tentou estuprar a empresária. A vítima teria sido morta na casa dele.
Pedro foi preso algumas horas depois no bairro São Mateus, em Várzea Grande. Quando foi “pego” partiu para cima dos militares, bastante agressivo. Com ele haviam dois pacotes de cal que, segundo ele, seria para jogar na vítima para acelerar o estado de decomposição.
O latrocída é conhecido por ser traficante da região do São Mateus e também ‘voz’ do Comando Vermelho. Voz é como os faccionados chamam quem exerce a função de líder da organziação em um bairro. Pedro é supostamente responsável pela distribuição de drogas na região. Ele foi preso em casa, por volta das 23h41, na frente da esposa e do filho.
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De acordo com a Rotam, quando o suspeito flagrou as viaturas, ele fechou a casa de forma violenta e não acatou as ordens para deixar o local. Foi necessário então abrir a porta dos fundos usando força física.
Lá dentro, ele resistiu à abordagem e entrou em luta corporal com os policiais. Foi contido e algemado, mas ainda assim continuou se debatendo no solo e chutando os policiais.
Questionado sobre o envolvimento no latrocínio, ele confirmou a participação, mas não quis dar mais detalhes. Dentro da casa, policiais encontraram um tablete de maconha e no carro dele, um Onix vermelho, estavam dois pacotes de cal, cada um de 8 kg. Segundo o assaltante, o cal seria usado para jogar no corpo de Rosemeire como forma de acelerar o processo de decomposição e inibir o odor.
Durante a “entrevista”, contou aos policiais que é voz do Comando Vermelho e que fica responsável pela distribuição de drogas da região. Diante dos fatos, foi levado para a Central de Flagrantes.
O crime
De acordo com o BO, Jefferson relatou que na terça (16) que, por volta das 13h, a vítima esteve no lava jato querendo negociar uma máquina de sorvete, modelo italiano. Com isso, ele apresentou a vítima para Pedro Paulo, que estaria interessado em comprar. Jefferson já tinha uma relação comercial com a empresária por pelo menos dois anos.
Ele os apresentou e percebeu minutos depois que ambos iniciaram uma negociação e, com isso, deu a chave da casa dele para que eles fossem para lá no carro dele, mas sem o conhecimento da vítima. E, com isso, o carro dela ficou no lava jato. Como percebeu que estavam demorando muito, decidiu ir até a casa ver o que estava acontecendo.
Quando chegou ao local viu a vítima desmaiada, amarrada e com Pedro Paulo tentando despí-la para estupra-la. Ao ver aquilo, eles iniciaram uma conversa para ver como iriam agir para “resolver isso”. Momento em que Pedro pegou a faca e degolou a vítima amarrada e amordaçada. Segundo ele, a casa ficou toda suja de sangue.
Jefferson então diz que mandou que Pedro limpasse aquela sujeira e tirasse o corpo de lá. Quando foi por volta das 18h, só estava o corpo da empresária. Por volta das 23h30, Pedro voltou com um Onix vermelho e os dois colocaram o corpo no porta malas e foram para a Estrada da Passagem da Conceição, onde abandonaram a vítima, perto de um frigorífico.
