Flávio Stringueta delegado volta a falar verdades sobre o MPE

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O delegado da Polícia Civil Flávio Stringueta criticou novamente os membros no Ministério Público do Estado (MPE) por receberem um auxílio-saúde, conhecido como “vale Covid-19”. Para Stringueta, o auxílio é um “escárnio”.

 

A crítica foi feita por meio de um novo artigo de opinião intitulado “O que importa nessa vida 2″.

 

No início deste mês, Stringueta já havia escrito um texto em que afirmava não existir “instituição mais imoral que o MPE”. Dois dias depois da divulgação, o delegado foi exonerado da chefia da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO).

 

Os membros do MPE aprovaram, no início do ano passado, o auxílio saúde R$ 1 mil para membros e R$ 500 para servidores. O pagamento estava suspenso liminarmente pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), que agora, em decisão unânime, reconheceu a legalidade do pagamento do auxílio

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Eu gostaria que algum nobre representante dos ‘doutores da lei’ do MPE/MT se manifestasse publicamente contrário a esse escárnio, em favor da moralidade e da sociedade

“Por que, nobres cidadãos de bem e fiscais dos fiscais, os ‘doutores da lei’ precisam de “vale/auxílio Covid”? E por que deve ser o dobro dos seus subalternos?”, questionou referindo-se ao fato de que os demais servidores receberiam R$ 500.

 

“Lembremos que os demais seres comuns, você contribuinte, que fazem fila na Caixa Econômica Federal, embaixo de Sol, receberam ano passado meros R$ 600 por mês, e não durou um ano. E este ano será algo em torno de R$ 250”, disse o delegado.

 

Stringueta apontou que o auxílio-saúde custará aos cofres ministeriais R$ 9,6 milhões anuais e pediu pra que o comando da instituição se manifeste sobre o assunto.

 

“[…] Vou dizer a vocês quanto esse benefício ‘vale/auxílio Covid’ custará aos cofres públicos: R$ 9.600.000,00 por ano. Vou decifrar isso para aqueles que não conhecem tamanha cifra, e confesso que eu também não conheço. Nove milhões e seiscentos mil reais por ano. […] Daria uma excelente peça teatral tragicômica, não acham?”

 

“Eu gostaria que algum nobre representante dos ‘doutores da lei’ do MPE/MT se manifestasse publicamente contrário a esse escárnio, em favor da moralidade e da sociedade. Aguardemos”.

 

Ao final do artigo, ele disse saber que a instituição é “demasiadamente importante” para a sociedade.

 

“Não tem como vivermos sem ela. Minhas críticas são para que alguém dali se indigne como toda a sociedade e torne a sua instituição ainda maior e mais aceita”, finalizou.

 

O auxílio de que trata o delegado não será instituído, segundo o MPE, porque no ano passado o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) baixou uma resolução permitindo a instituição de um programa de assistência à saúde suplementar dos membros e servidores do Ministério Público brasileiro.

 

Essa assistência é de 10% do salário inicial da carreira de um promotor, ou seja, cerca de R$ 2,8 mil, já que o subsídio é de R$ 28 mil.

 

Confira artigo na íntegra:

 

O que importa nessa vida parte 2?

 

Um artigo que reproduzi dias atrás provocou reações de toda ordem. Só não do principal alv o das críticas. Silêncio sepulcral. Talvez receio da opinião pública. Ou por estarem agindo nos bastidores… Quem sabe?!.

 

Depois da repercussão que teve o artigo, inesperada até por mim, inclusive quanto à minha exoneração do cargo de titular da GCCO, acreditei ingenuamente que as coisas podiam melhorar. Ou pelo menos não piorar. Infelizmente piorou. E muito.

 

Hoje, quarta-feira, dia 10/03/2021, fomos surpreendidos com a informação que os “doutores da lei” do MPE/MT receberão um adicional salarial, vulgarmente chamado de “vale Covid”, ou “auxílio Covid”, de R$ 1.000,00 por mês. Os demais servidores do MPE/MT, recebedores de salários bem menores, subalternos, ganharão apenas a metade deles.

 

Por que, nobres cidadãos de bem e fiscais dos fiscais, os “doutores da lei” precisam de “vale/auxílio Covid”? E por que deve ser o dobro dos seus subalternos? 

 

Lembremos que os demais seres comuns, você contribuinte, que fazem fila na Caixa Econômica Federal, embaixo de sol, receberam ano passado meros R$ 600,00 por mês, e não durou um ano. E este ano será algo em torno de R$ 250,00.

 

Para pagar esse auxílio, o Congresso Nacional está discutindo uma PEC (que significa uma espécie de “lei” para alteração da Constituição Federal, para quem não está familiarizado com essas siglas), que prevê inclusive redução de salário para os servidores do Poder Executivo, algo nunca visto em nosso país. Para o combate à pandemia, todos estão se sacrificando ou sendo sacrificados. Todos não, desculpem, só os demais que não fazem parte da elitizada instituição chamada MPE/MT, que anda na contramão dos interesses sociais nesses temas. Não só eles, como também, por exemplo, nossos políticos, que também não estão sendo afetados, ao menos em seus vencimentos, pela pandemia que estamos passando.

 

Voltando ao assunto tema deste artigo, vou dizer a vocês quanto esse benefício “vale/auxílio Covid” custará aos cofres públicos: R$ 9.600.000,00 por ano. Vou decifrar isso para aqueles que não conhecem tamanha cifra, e confesso que eu também não conheço. Nove milhões e seiscentos mil reais por ano. A título de comparação, os smartphones do MPE/MT custarão aos cofres públicos “meros” (percebam a ironia) R$ 2.300.000,00 (dois milhões e trezentos mil reais) aproximadamente, mas de uma só vez. Daria uma excelente peça teatral tragicômica, não acham?

 

Eu gostaria que algum nobre representante dos “doutores da lei” do MPE/MT se manifestasse publicamente contrário a esse escárnio, em favor da moralidade e da sociedade. Aguardemos. 

 

Finalizando.

 

Eu tenho certeza que a instituição MPE/MT é demasiadamente importante para a sociedade mato-grossense e brasileira. Não tem como vivermos sem ela. Minhas críticas são para que alguém dali se indigne como toda a sociedade e torne a sua instituição ainda maior e mais aceita. Quem sabe, com isso, minha sementinha prospere e se transforme em uma árvore frondosa.

 

Que Deus nos ajude

 

Por Mídia News