Após uma semana com a demanda chinesa ditando os preços em Chicago, o mercado de milho prevê impacto nas cotações diante da dificuldade de abastecimento do cereal a nível interno. Analistas apontam que esse cenário só deve ser modificado a partir da entrada do milho safrinha no mercado
Acompanhe abaixo os fatos que deverão merecer a atenção do mercado de milho na semana. As dicas são do analista da Safras Consultoria, Fernando Henrique Iglesias:
– A oferta é cada vez mais restrita no disponível. As dificuldades de abastecimento serão crescentes até a entrada da safrinha;
– O principal foco é na colheita da soja, que tende a ganhar corpo no restante do mês, a comercialização de milho segue relegada ao segundo plano;
– O atraso do plantio também é um fator significativo, travando as negociações envolvendo milho safrinha;
– A movimentação cambial nos últimos dias torna a importação praticamente inviável, com preços na casa dos R$ 100 por saca;
– Para o segundo semestre a paridade de exportação segue relevante para a formação de tendência, ou seja, a volatilidade cambial e a movimentação da CBOT têm um enorme peso sobre os contratos julho, setembro e novembro.;
– O mercado precificou compras da China no decorrer da semana, na última sexta-feira, 19, exportadores privados reportaram ao USDA a venda de 800 mil toneladas;
– Na totalidade da semana foram negociadas em torno de 3,876 milhões de toneladas;
– O relatório trimestral do USDA centralizará as atenções do mercado neste final de março, os primeiros números relacionados a intenção de plantio serão divulgados no próximo dia 31. Os preços bastante competitivos do milho e da soja na CBOT acirram a competição por área nesta temporada;
– O clima na América do Sul segue em pauta, avaliando a definição da safra da Argentina nas próximas semanas.
Por Canal Rural