Prefeitos dos 15 municípios que integram o Consórcio Público de Saúde Vale do Teles Pires encaminharam ao Governo do Estado de Mato Grosso, ofício solicitando a flexibilização do horário de funcionamento do comércio local.
O documento contrapõe o Decreto Estadual n. 836, que entrou em vigor nesta quarta-feira (03). A proposta foi discutida em reunião realizada nesta terça-feira (02) e aprovada por todos os prefeitos.
De acordo com o presidente do Consórcio de Saúde, prefeito de Santa Carmem, Rodrigo Frantz, o objetivo do ofício foi solicitar que o governador olhe para as outras regiões do estado de forma diferente.
A proposta prevê o funcionamento do comércio local, de segunda a sábado até às 21h, aos domingos, até às 14h, a ampliação para 50% da capacidade do espaço, na realização de eventos e toque de recolher às 22h.
“A situação da nossa região é diferente da capital e Várzea Grande. A nossa população fez o dever de casa, se cuidando. Não podemos penalizar ainda mais o comércio e as famílias que precisam trabalhar”, ressaltou Frantz.
No decreto estadual, os estabelecimentos comerciais poderão funcionar de segunda a sexta-feira até às 19h e nos sábados até às 12h, delivery até às 22h e toque de recolher às 21h.
As exceções são para as farmácias, serviços de saúde, funerárias, postos de combustível (não inclui conveniências) e indústrias. O decreto tem como objetivo conter o avanço da Covid-19.
Esta semana, a taxa de ocupação das UTIs no Estado de Mato Grosso chegou a 88%. São mais de 250 mil casos confirmados e 5.904 mortos, segundo dados da Secretaria de Estado de Saúde (03/03).
O prefeito de Lucas do Rio Verde, Miguel Vaz, ressaltou que a redução no horário de funcionamento do comércio podem ter o efeito contrário, tendo em vista o período.
“Estamos no início do mês, as famílias precisam fazer as compras, pagar as contas. A redução no horário, principalmente dos supermercados, vai provocar uma aglomeração muito maior.”
Até o fechamento desta reportagem, o Consórcio de Saúde ainda não foi notificado sobre o posicionamento do governador. Até que não haja uma resposta, os municípios cumprirão o decreto.
Fonte: Ascom/CPS Vale do Teles Pires