O programa de vacinação do Chile atingiu as geleiras da Antártida, disseram autoridades e pesquisadores à Reuters nessa quarta-feira (17), trazendo uma sensação de alívio a um dos lugares mais isolados e vulneráveis da Terra.
A pandemia afetou a Antártida em dezembro, tornando-a o último dos continentes a registrar casos de covid-19. Autoridades chilenas de saúde e do Exército tiveram dificuldade para retirar as pessoas de uma região remota com instalações médicas limitadas.
Marcela Andrade, funcionária do Instituto Antártico Chileno (INACH), disse à Reuters por telefone que representantes da Força Aérea e trabalhadores da base de pesquisa Professor Julio Escudero foram vacinados no domingo (14) com o imunizante da chinesa Sinovac Biotech.
Ela afirmou que o surto ocorrido há vários meses foi bem administrado, mas que o susto foi um lembrete da importância da vacinação rápida em um local tão remoto e desfavorável.
“É um alívio”, disse Marcela Andrade, acrescentando que os trabalhadores da região isolada correm um risco especial. “Não temos voos ou navios partindo todos os dias aqui. É complicado transportar pessoas que [estão doentes ou representam um risco para outras]”.
O Chile passou à frente de grande parte da América Latina e do mundo em seu programa de vacinação e já imunizou a maioria de seus profissionais de saúde da linha de frente, militares e idosos. Mas um aumento no número de contágio em todo o país levou os hospitais à beira do colapso e forçou novas restrições ao movimento de pessoas.
Fonte: Dave Sherwood – Repórter da Reuters – Santiago
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