Já imaginou tentar acessar um serviço e não conseguir entender como fazer? Ou tentar requerer um benefício destinado a milhões de brasileiros de baixa renda e não saber o que precisa ser feito para recebê-lo? Para tentar diminuir esse tipo de problema foi lançada hoje (13) uma rede com o objetivo de reunir órgãos públicos e entidades da sociedade que irão propor formas de facilitar a linguagem nos serviços ofertados à população. A Rede Linguagem Simples Brasil pretende pautar o tema na sociedade e construir iniciativas para simplificar o discurso e facilitar a comunicação com as pessoas.
O grupo conta até agora com a participação da Secretaria de Governo Digital do governo federal, pelo Laboratório de Inovação e Dados do governo do Ceará e pelo Laboratório de Inovação em Governo da prefeitura de São Paulo.
“Apesar de termos instituições de governo, ela é independente e apartidária”, explica a representante da Secretaria de Governo Digital do governo federal, Valéria Prado.
A rede tem intuito de ser um espaço de debate e de fomento para construção de iniciativas que promovam o uso da linguagens simples. Ela quer chamar a atenção para o problema e para possíveis soluções.
A iniciativa vai compilar materiais e experiências já existentes, além de desenvolver estratégias de disseminação e ferramentas, como sistemas de informática para simplificar discursos.
No evento online de lançamento da rede, a jornalista especialista no tema Heloísa Fischer destacou que quando há elementos difíceis de compreender, a comunicação não acontece.
“Esses elementos impõem barreiras mesmo para pessoas de alta escolaridade. A gente não foi treinado para prestar atenção se essas barreiras foram colocadas em um determinado texto”.
Ela listou como exemplos destes elementos termos técnicos, jargões, parágrafos grandes, voz passiva. “A técnica da linguagem simples ajuda a identificar estes obstáculos e dá um jeito de evitar que eles fiquem atrapalhando”, comentou.
A rede criou um canal no YouTube para divulgar conteúdos.
Edição: Lílian Beraldo
Fonte: Jonas Valente – Repórter Agência Brasil – Brasília
Crédito de imagem: © Reprodução/YouTube