Roger Machado segue 100% no comando do Fluminense. Na noite desta terça-feira, o Tricolor venceu o Boavista por 2 a 0 em Bacaxá, em jogo que contou com a volta de alguns titulares e algumas surpresas na escalação: como por exemplo Ganso poupado e Samuel Granada no comando de ataque. Em entrevista coletiva após a partida, o técnico tricolor explicou que a escolha da estratégia levou em consideração as más condições do gramado no local:
– A ideia com o Samuel foi entender a característica que o jogo ia se apresentar. Olhando jogos do nosso adversário no seu campo, percebemos que, apesar de não estar em bom estado, a bola ficava muito viva. E o que se apresentaria, até em função da estratégia do adversário, seria muito mais as entradas pelo corredor, disputa de primeira bola, e cruzamentos laterais.
– No segundo momento, quando a gente abriu o placar, e o adversário se abriu um pouco mais em busca do empate, eu lancei mão de jogadores mais rápidos, de velocidade, para que a gente finalizasse e pudesse ampliar o placar, como aconteceu com o Kennedy. Foram escolhas motivadas pelo momento, estratégias da partida, e pelo que o adversário nos propôs de dificuldade.
Roger Machado segue 100% no comando do Fluminense — Foto: Lucas Merçon / Fluminense FC
Além de Marcos Felipe, que já vinha atuando nos últimos jogos, a equipe titular teve os retornos de Nino, Martinelli, Yago e Lucca contra o Boavista. O Fluminense começou a ganhar cara, e o treinador disse que outros voltarão na sexta-feira, contra o líder Volta Redonda, novamente em Bacaxá.
– A ideia é que a gente vá encorpando esse grupo do Campeonato Carioca à medida que todos os jogadores estejam à disposição. Hoje vimos mais alguns, outros ficaram fora fazendo condicionamento físico e técnico, para que a gente tenha todo mundo no mesmo nível de condicionamento com a competição afunilando. A expectativa para o jogo de sexta-feira é que tenhamos mais jogadores do grupo à disposição.
Veja outras respostas de Roger Machado:
Gabriel Teixeira, John Kennedy e Kayky
– Essa é a nossa proposição, dar campo a jogadores jovens e sentir como eles vão se comportar nos compromissos duros. Porque isso pode inclusive fazer com que a gente mude a questão de planejamento em busca de jogadores com características iguais a do Gabriel (Teixeira), do Kayky, no mercado. Então, além da estratégia, também tem o desejo de perceber esses jogadores.
– Assim como o (John) Kennedy, que já fez ano passado aparições no profissional, fazendo gols; como o Samuel, que também fez gol; e agora o Kayky e o Biel, que nos dois primeiros jogos fizeram parte da escalação ou entraram no decorrer das partidas. É um pouco de cada questão, jamais desmerecendo o campeonato estadual, que é muito importante, mas também proporcionando a esses jogadores experiências de campo que vão definir muitas coisas com relação a planejamentos de futuros processos no elenco.
Substituições
– Pela estratégia do jogo, entendendo mais uma vez que o adversário, depois do 1 a 0, ia tentar se fechar um pouco mais, e a gente tentar retomar essa bola como inúmeras vezes retomamos. Um jogador com peso para marcar ali no meio de campo, pressionar alto o zagueiro adversário, por vezes é melhor do que jogador com características mais leves.
– E deixar as beiradas leves, para que ao roubar a bola pelo centro, conseguir encontrar essas profundidades, como aconteceu. E a opção pelo lado, por vezes quando jogador está mais desgastado na partida, você colocar um sangue novo. Um jogador que está fresco e também tem apresentado um bom desempenho, é o caso do Caio (Paulista).
Uso da base
– Importância é tê-los sempre como alternativas. Alguns consigam alcançar o protagonismo e poder nos ajudar cada vez mais dentro de campo. Se tornar titulares, ajudar o clube a ser campeão… Jogar um futebol que permita alavancar a atuação do time quando necessário. Hoje foi um momento como esse: quando lançamos mão de jogadores jovens, caso do Kayky e do Kennedy no segundo tempo, conseguiu manter o mesmo nível de atuação. Inclusive ampliando o placar que definiu a partida.
– Importância do Estadual, pela competição de peso que é, mas tão importante quanto ela é poder colocar os jovens em campo e dar andamento ao planejamento de garantir que alguns possam nos ajudar ao longo da temporada.
Por GE / Por Paula Carvalho — Rio de Janeiro