O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento lançou nesta quinta-feira (29) o Programa de Fomento à Agricultura Irrigada do Nordeste (Profinor). A iniciativa pretende aplicar R$ 900 milhões entre 2021 e 2024 para a implantação de projetos de irrigação ou expansão e aperfeiçoamento de áreas que já contam com esse sistema na região. O agente financeiro do programa será o Banco do Nordeste, por meio de recursos do Fundo Constistucional do Nordeste (FNE).
Principal produtor de frutas frescas do país e responsável por 80% das exportações do setor, a Região Nordeste tem um quarto da área irrigada do Brasil, mas ainda pode expandir essa participação.
“O Nordeste tem um enorme potencial agropecuário, mas é limitado pelas suas dificuldades hídricas. Historicamente, a região tem sofrido muito com esses problemas, que atinge também o norte dos estados de Minas Gerais e do Espírito Santo, e prejudicam sobremaneira os produtores rurais dessas regiões, especialmente aqueles pequenos e médios, cujos recursos são geralmente escassos”, afirmou a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, durante o evento de lançamento do programa, que foi transmitido pelas redes sociais da pasta.
Segundo o Banco do Nordeste, o Profinor oferecerá aos produtores prazos adequados e menores taxas, por meio de linhas de financiamento já existentes, como os programas de financiamento à agropecuária irrigada (FNE Irrigação), de financiamento à sustentabilidade ambiental (FNE Verde), de Financiamento à Inovação (FNE Inovação) e de Financiamento a Projetos de Energia Solar (FNE Sol).
Além disso, destacou a ministra, os produtores contarão com assistência técnica especializada para viabilizar os projetos. “Pequenos e médios produtores poderão ter acesso facilitado tanto a recursos para implantação ou expansão de projetos de irrigação e drenagem, como à assistência técnica especializada para que os projetos sejam economicamente viáveis e ambientalmente sustentáveis”, afirmou Tereza Cristina.
O Profinor também vai financiar projetos de energia solar e eólica em propriedades rurais e tem como meta promover a regularização fundiária de 150 mil propriedades rurais na região, a reconversão de 8 mil hectares de áreas degradadas e o incremento de 80 mil hectares em área irrigada, pelos próximos quatro anos.
Edição: Nádia Franco
Fonte: Pedro Rafael Vilela – Repórter da Agência Brasil – Brasília
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