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Autoridade do Japão tem dúvidas sobre realização da Olimpíada

© Issei Kato/Reuters/Direitos reservados

Uma autoridade do partido governista do Japão disse nesta quinta-feira que cancelar a Olimpíada de Tóquio deste ano continua sendo uma opção se a crise do coronavírus se agravar demais, lançando uma polêmica e criando um alvoroço nas redes sociais.

“Se não parecer mais possível (sediar a Olimpíada), temos que interrompê-la, decisivamente”, disse Toshihiro Nikai, secretário-geral do Partido Liberal Democrata, em comentários à emissora TBS. Segundo ele, o cancelamento é uma opção, “é claro”, disse, acrescentando: “Se a Olimpíada for disseminar infecções, então para que serve a Olimpíada?”

O Comitê Organizador da Olimpíada de Tóquio reagiu com um comunicado em que disse que todos os envolvidos nos preparativos dos Jogos continuam totalmente empenhados em realizá-los no verão local.

Como o Japão está às voltas com uma quarta onda de infecções pelo novo coronavírus, as dúvidas sobre a capacidade de Tóquio de sediar os Jogos de Verão voltaram à tona nas últimas semanas. O Japão está enfrentando um aumento de infecções de covid-19. Em Tóquio, os casos novos saltaram para 729 nesta quinta-feira, a maior cifra desde o início de fevereiro.

Mas autoridades do governo e da organização vêm repetindo que os Jogos acontecerão, e o fato de que um peso-pesado do partido governista tenha feito o comentário bastou para que este ganhasse destaque no noticiário doméstico. “Olimpíada Cancelada” era um dos assuntos mais comentados no Twitter japonês, acumulando quase 50 mil tuítes até a tarde local desta quinta-feira.

Mais tarde, Nikai emitiu um comunicado por escrito para explicar sua posição. “Quero que a Olimpíada e a Paralimpíada de Tóquio tenham sucesso. Ao mesmo tempo, quanto à questão de realizarmos [os Jogos] aconteça o que acontecer, não é este o caso. Foi isso que eu quis dizer com meus comentários”, afirmou.

* Com informações da agência de notícias Reuters.

Fonte: * Agência Brasil – Rio de Janeiro
Crédito de imagem: © Issei Kato/Reuters/Direitos reservados

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