O futebol vai voltar em São Paulo. O governador João Doria (PSDB) confirmou que aceitou os novos protocolos elaborados pelo Ministério Público Estadual e pela Federação Paulista de Futebol. A informação é do repórter Wallace Lara, da TV Globo.
Doria vai anunciar nesta sexta-feira, em entrevista coletiva, quando o Campeonato Paulista será retomado: se já neste fim de semana ou no começo da semana que vem.
O futebol está proibido em São Paulo desde o dia 15 de março, quando entrou em vigor o plano emergencial de combate à propagação da Covid no Estado. Inicialmente, o prazo ia até 30 de março. Depois, foi estendido a 11 de abril.
Até agora, foram realizadas as primeiras quatro rodadas (de um total de 12) e um jogo da quinta na primeira fase do Estadual. Após a proibição, duas partidas foram levadas para Volta Redonda-RJ: Mirassol 0 x 1 Corinthians, justamente o único jogo da quinta rodada já disputado, e São Bento 1 x 1 Palmeiras, pela terceira rodada.
Sede da Federação Paulista de Futebol — Foto: RODRIGO CORSI/FPF
Nas últimas semanas, Federação Paulista e Ministério Público vinham trabalhando em modificações nos protocolos de controle da pandemia no futebol. O MP sugeriu, entre outras medidas, testes de Covid realizados uma hora antes de cada partida – sugestão que a Federação Paulista, inicialmente, achou difícil de ser aplicada. A sugestão alternativa foi realizar os testes no dia dos jogos.
Enquanto isso, a FPF esboçava uma tabela para a retomada do futebol, com jogos ainda nesta semana. Mas tudo dependia de uma sinalização positiva do MP e do governo estadual.
Uma outra questão que entrou em debate foi a possibilidade de levar ao Tribunal de Justiça Desportiva os atletas que infringirem as regras de isolamento estipuladas. Neste cenário, aconteceu o episódio envolvendo o atacante Luiz Adriano, do Palmeiras. Mesmo com resultado positivo para Covid, ele foi a um supermercado e atropelou uma pessoa na saída do local. Acabou multado pelo clube.
São Paulo vive o momento mais crítico da pandemia, com óbitos se avolumando (foram 1299 registrados nesta quinta-feira, a segunda pior marca) e registros de mortes de pacientes que não conseguiram acesso a UTIs.
Por GE