O Liverpool repudiou nesta quarta-feira (7) as ofensas raciais “abomináveis” contra Trent Alexander-Arnold, Naby Keita e Sadio Mané nas redes sociais depois da derrota ontem (6), por 3 a 1 para o Real Madrid na Liga dos Campeões.
Lateral da Inglaterra, Alexander-Arnold recebeu emoticons de macaco em sua postagem mais recente de Instagram, e ofensas semelhantes foram direcionadas a Keita, meio-campista da Guiné, e Mané, atacante do Senegal.
“Mais uma vez, infelizmente estamos debatendo ofensas raciais abomináveis na manhã seguinte a um jogo de futebol. Isto é inteiramente inaceitável e precisa parar”, disse o Liverpool em um comunicado. “O LFC repudia todas as formas de discriminação, e continuamos a trabalhar com nossos parceiros de inclusão através de nossa iniciativa Vermelhos Juntos para fazer campanha contra isso”.
As entidades que organizam o futebol inglês exortam as empresas de redes sociais a enfrentarem o problema das ofensas virtuais em reação a mensagens racistas contra jogadores, entre eles Axel Tuanzebe, Marcus Rashford e Anthony Martial, do Manchester United, e Willian e Eddie Nketiah, do Arsenal.
O Instagram anunciou uma série de medidas, e o Twitter promete manter seus esforços depois de agir em mais de 700 casos de ofensas relacionadas ao futebol no Reino Unido em 2019.
O Liverpool disse que trabalhará com as autoridades relevantes para identificar os usuários responsáveis pelas mensagens.
“Como clube, ofereceremos aos nossos jogadores todo e qualquer apoio que eles possam necessitar”, disseram os campeões do Campeonato Inglês. “Também trabalharemos… para identificar e, se possível, processar os responsáveis.” “Sabemos que isto não bastará até as medidas mais fortes possíveis serem adotadas por plataformas e pelos organismos reguladores que as governam. Não se pode permitir que a situação atual continue.”
No mês passado, Thierry Henry, ex-atacante do Arsenal e da França, apagou suas contas de redes sociais para protestar contra as plataformas por não agirem contra proprietários de contas anônimas que praticam racismo e assédio na internet.
Fonte: Arvind Sriram – Bengaluru (Índia)
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