Para presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT), Valdeir Pereira, apesar da previsão de vacinar contra Covid os profissionais da educação, o retorno às aulas só deve ocorrer após a imunização dos alunos. Contudo, ainda não há vacinas consideradas seguras para menores de 18 anos.
“É o anúncio para a inclusão dos profissionais da educação. No entanto, esperamos que essa vacinação não se torne uma pressão para o governo retornar as atividades presenciais das nossas unidades sem que estejam vacinados todos os nossos estudantes para que não tenhamos uma proliferação da doença entre aqueles e aquelas que não estejam vacinados”, afirmou Valdeir em vídeo compartilhado pelas redes sociais.
Semana passada, o governador Mauro Mendes (DEM) anunciou a reserva de 10% das vacinas para a imunização dos profissionais da educação, o que deve ocorrer após serem vacinadas as forças de segurança.
Ainda tramita na Assembleia um projeto de lei que busca incluir as instituições de ensino públicas e privadas como serviços essenciais o que permitiria o retorno das atividades durante a pandemia. O governador chegou a sinalizar que não iria sancionar o PL, mas o anúncio da vacinação de professores foi visto como um sinal positivo para o retorno das aulas nos próximos meses.
“A expectativa é que a vacinação não sirva de escape para que os trabalhadores vacinem e retornem para as atividades. Retorno às aulas seguro só é possível quando tiver vacina para todos. Se há uma categoria que quer retornar as atividades, são os trabalhadores da educação”, finalizou o sindicalista.
No país, das duas vacinas em uso, a Astrazeneca avançou na pesquisa com testes em crianças e adolescentes de 6 a 17 anos, porém o estudo foi interrompido no Reino Unido após relatos de coágulos em adultos. Nenhuma criança ou adolescente teve reações. A Coronovac ainda estuda os testes.
Por RDNews