Um boicote do mundo do esporte a redes sociais ganhou força nesta quinta-feira (29), já que várias organizações se uniram a ligas de futebol da Inglaterra para mostrar solidariedade contra as ofensas virtuais.
A Uefa, entidade que governa o futebol europeu, disse que participará do boicote deste final de semana, assim como o rúgbi inglês e o ciclismo britânico.
A Uefa disse que silenciará suas plataformas amanhã (30), a partir das 15h locais (11h no horário de Brasília).
UEFA will join a coalition of English footballing stakeholders by staying silent across its social media platforms this weekend.
The aim of the boycott is to show solidarity in the fight against online abuse. It will run from 16:00 CEST on Friday to 23:59 CEST on Monday.
— UEFA (@UEFA) April 29, 2021
O presidente da Uefa, Aleksander Ceferin, disse que é preciso agir após um crescimento de ofensas e demonstrações de ódio virtuais direcionadas a jogadores de futebol e pessoas ligadas ao esporte.
“Tem havido ofensas tanto no campo quanto nas redes sociais. Isto é inaceitável e precisa ser detido, com a ajuda do público, de autoridades legislativas e dos gigantes das redes sociais”, disse ele em um comunicado. “Permitir que uma cultura de ódio cresça com impunidade é perigoso, muito perigoso, não somente para o futebol, mas para a sociedade como um todo. Já aguentamos demais estes covardes que se escondem atrás do anonimato para expelir suas ideologias nocivas.”
A capitã da seleção feminina de rúgbi inglesa, Sarah Hunter, disse que, embora as redes sociais ajudem a aproximar os torcedores, ofensas, racismo e assédio virtuais não deveriam ser tolerados.
A campanha também recebeu apoio da liga de rúgbi, da liga de críquete e da Associação de Tênis de Grama inglesas, assim como das emissoras BT Sport, Sky Sports e talkSPORT.
The time for change is now.
If you see any incidents of racism, hate and discriminatory abuse online, take action.
Stop The Hate, Stand Up, Report It. #RedTogether
— Liverpool FC (@LFC) April 29, 2021
Fonte: Arvind Sriram e Martyn Herman – Bengaluru (Índia) e Londres
Crédito de imagem: © Reuters/Yves Herman/Direitos Reservados