SEM SUCESSO – em cima de suposição MPE vasculha casa de Deputado e nada encontra

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O deputado estadual Dilmar Dal’Bosco (DEM) é suspeito de receber vantagens indevidas no valor de R$ 1,5 milhão da empresa Verde Transportes e do empresário Éder Augusto Pinheiro para frustrar a concorrência pública bilionária para novas empresas do sistema de transporte intermunicipal de Mato Grosso.

 

É o que consta decisão do Tribunal de Justiça que decretou nesta sexta-feira a terceira fase da Operação Rota Final e cumpriu um mandado de busca e apreensão na residência do parlamentar democrata na cidade de Sinop e determinou a prisão do empresário suspeito de liderar o esquema.

A investigação já dura quatro anos e tem 47 volumes e, além de Dilmar, é citado o envolvimento do ex-deputado Pedro Satélite (PSD).

 

Em nota na manhã de hoje, logo após a operação, o deputado estadual Dilmar Dal Bosco (DEM) alegou não saber por quais motivos é investigado.

 

Dal Bosco disse que a situação causa “estranheza”, pois ele já tinha prestado depoimento ao Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco) e Núcleo de Ações de Competência Originárias (Naco), que atua na esfera criminal para investigar gestores com mandatos eletivos. Segundo ele, ao ser ouvido anteriormente, “se colocou a disposição para qualquer outro esclarecimento”.

 

Íntegra da nota

 

“O deputado estadual Dilmar Dal Bosco, juntamente com seu advogado, André Albuquerque, vêm a publico, manifestar, através de nota, sobre o mandado de busca e apreensão, cumprido pelo GAECO e NACO, cuja operação é denominada como “Operação Rota Final” em sua residência oficial, na cidade de Sinop, deflagrada na manha desta sexta-feira (14)

conforme o que segue abaixo:

1- O mandado de busca e apreensão, foi expedido pelo Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso, pelo desembargador relator, sr Marcos Machado;

2- O Deputado Dilmar Dal Bosco através de sua defesa, não entende os motivos pelos quais foi alvo de busca e apreensão pelo GAECO, uma vez que já prestou depoimento no processo perante o GAECO/NACO anteriormente, sempre se colocou a disposição para qualquer outro esclarecimento, sendo assim, estranhamente, foi alvo de Busca e apreensão de documentos e bens eletrônicos;

3- Cumpre informar que o Deputado Dilmar Dal Bosco não foi denunciado formalmente, não é Réu no processo denominado Operação Rota final, que apura crimes ligados ao setor de transportes;

4- Cabe dizer também, que contrariamente ao que está sendo veiculado na mídia, não houve expedição de mandado de busca e apreensão no gabinete do deputado Dilmar Dal Bosco, na Assembleia Legislativa, houve apenas em sua residência particular em Sinop, da mesma forma que não houve sequer pedido de bloqueio de bens ou pedido de prisão contra o deputado, até porque, o mesmo não é Réu no processo;

5- A busca e apreensão realizada na residência do parlamentar em Sinop visa encontrar documentos que poderiam ligar o parlamentar a ter qualquer relação com os acusados. Porém, nada fora encontrado, que conclua tal ligação do Parlamentar aos envolvidos.

 

Sendo assim, a defesa irá buscar informações junto ao Processo Judicial bem como, junto ao GAECO-NACO, para saber quais foram as razões que levaram a tamanha exposição desnecessária para com o Parlamentar, além de outras medidas que entender serem necessárias.

 

André Albuquerque

(OAB/MT 14054)”