Conheça os vencedores do 20º Festival de Cinema e Vídeo de Cuiabá

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Luciene e Loop foram consagrados os melhores filmes de Longa-Metragem na opinião do júri oficial e popular - Foto por: Divulgação

O 20° Festival de Cinema e Vídeo de Cuiabá – Cinemato terminou na última sexta-feira (21.05). A cerimônia de encerramento foi transmitida pelo Youtube e divulgou os filmes vencedores do Troféu Coxiponés. O vídeo do encerramento está disponível aqui. O festival foi contemplado no edital Circuito Mostras e Festivais, realizado pela Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer (Secel-MT).

Os longas-metragens “Luciene”, de Juliana Curvo e “Loop”, de Bruno Bini, venceram a categoria de Melhor Filme pelos Júri Oficial e Popular, respectivamente. Na categoria Melhor Curta, “Adelaide: Aqui não há segunda vez para o erro”, de Anna Zêpa (SP), foi consenso entre júri e público.

Lançado em 2020, o filme de Juliana Curvo ousa ao expor o processo de construção de um documentário sobre a poeta mato-grossense Luciene Carvalho e a fronteira entre documental o real (resquícios dele) ou aquilo que se conta (inventa-se). Assim, o filme aborda do autobiográfico e da autoficção no encadeamento narrativo da autorrepresentação documental.

Já Loop, uma ficção científica, revela a história de Daniel (Bruno Gagliasso), que após a morte de sua namorada, fica obcecado com a ideia de voltar no tempo para evitar a tragédia. O estudante de Física se deixa consumir pela sua própria obsessão até que após anos de isolamento, ele encontra a solução. Daniel então vira as costas para o seu futuro e volta ao passado.

O idealizador do festival, o pesquisador de Cinema e cineasta, Luiz Borges, considerou que a 20ª edição foi uma das melhores da história do festival. “O formato online viabilizou que entusiastas do cinema brasileiro que moram em outros países, tivessem acesso à programação. Registramos espectadores em Portugal, Austrália, Japão, Estados Unidos, Chile, Argentina, Uruguai, Guatemala, entre outros”.

O número de público também foi celebrado. “Essa janela nunca antes experimentada por nós, possibilitou a ampliação de público para as sessões. Tivemos mais de 1 mil acessos por dia, gente ávida por conteúdos brasileiros e por conhecer as produções mato-grossenses. Isso comprova a importância desse trabalho de mostrar a diversidade cultural brasileira e incentivar cada vez mais a produção de filmes no Brasil e em especial, em Mato Grosso”, disse Luiz à ocasião da cerimônia de encerramento.

Ele pontuou ainda as atividades paralelas. “Foram duas semanas coroadas também, pela realização de oficinas que ou introduziram jovens na cadeia produtiva, ou proporcionaram reciclagem de profissionais. Nossa equipe celebra a retomada do festival”.

O secretário de Estado de Cultura, Esporte e Lazer (Secel-MT), Alberto Machado, congratulou o realizador do festival. “É uma grande honra participar, de alguma forma, de um evento tão importante para a cultura e para nosso Estado. Conheço muitos profissionais que nasceram desse processo cultural, que é o festival. Ver a Lei Aldir Blanc se materializando na construção de algo tão grandioso para o audiovisual mato-grossense me deixa realizado”.

A 20ª edição Cinemato contou ainda com apoio da Assembleia Legislativa Mato Grosso – via Assembleia Social -, da Universidade Federal de Mato Grosso (IGHD/UFMT), Cineclube Coxiponés e Rede Cineclubista de Mato Grosso (REC-MT), Laboratório de Comunicação e Cultura – A Lente e Inca – Inclusão, Cidadania e Ação, Latitude Filmes, Cena Onze e Cine Teatro Cuiabá.

Confira os vencedores:

Prêmio Júri Oficial de Longas-Metragens

Melhor Filme: Luciene (de Juliana Curvo);

Melhor Ator: Gustavo Machado (A Batalha de Shagri-Lá);

Melhor Pesquisa Histórica: Barão de Melgaço (de Leonardo Sant’Anna);

Melhor Roteiro: Severino Neto (A Batalha de Shangri-Lá);

Melhor Uso de Material de Arquivo: Diretas Já (Marcelo Santiago e Rodrigo Piovezan);

Prêmio Especial do Júri Pela Revelação do Protagonismo Feminino: Mata Grossa (Tati Mendes e Amauri Tangará).

 

Prêmio Júri oficial de Curtas-Metragens

Melhor Curta-Metragem: Adelaide: Aqui não há segunda vez para o erro, de Anna Zêpa (SP)

Melhor Fotografia: Robert Coelho, por O Buraco (AM)

Melhor Atriz: Jocê Mendes, por O Buraco (AM)

Melhor Direção e Montagem: Atordoado, Eu Permaneço Atento, de Henrique Amud e Lucas Rossi (RJ)

Prêmio Descoberta do Olhar: Luis Humberto: O Olhar Possível (Mariana Costa e Rafael Lobo – DF)

Menção Honrosa de Re-existência: Larissa Nepumoceno por Seremos Ouvidas (PR)

Menção Honrosa de Re-existência: Danielle Bertolini por Pi´õrómnha ma´ubumrõi´wa – Mulheres Xavante Catadoras de Sementes (MT)

Menção Honrosa de Solução de Linguagem: Lá Fora – de Guilherme Telli (SP)

 

Júri Popular Mostra de Curtas-Metragens

Adelaide: aqui não há segunda vez para o erro, de Anna Zêpa (SP)

 

Júri Popular Mostra de Longas-Metragens

Loop, de Bruno Bini

 

Prêmio Júri Popular – Mostras temáticas

 

Mostra Filmes do Mato

Melhor Curta-Metragem: O menino e o ovo, de Juliana Capilé

Melhor Série: O Pantanal e outros Bichos (Episódio 3), de Amauri Tangará

Melhor Telefilme: As Cores que Habitamos, de Marithê Azevedo

 

Mostra Centro-Oeste

Melhor Curta-Metragem: Do outro lado, de David Murad (DF)

Melhor Longa-Metragem: Sísmico, de Severino Neto e Rafael de Carvalho (MT)

 

Mostra Filmes da Resistência

Melhor Curta-Metragem: Castanhal, de Marques Casara e Rodrigo Simões Chagas (SP)

Melhor Longa-Metragem: Limiar, de Coraci Ruiz (SP)

Fonte: Assessoria
Crédito de imagem: Luciene e Loop foram consagrados os melhores filmes de Longa-Metragem na opinião do júri oficial e popular – Foto por: Divulgação