Ser mãe é uma prova de amor. Ser mãe e jogadora de futebol, então, é uma responsabilidade e tanto, para lá de desafiadora. Na elite do futebol brasileiro, 11 mulheres compartilham a maternidade com a carreira de atleta. Para explicar a paixão que as move, a CBF convidou as mães que disputam o Brasileiro Feminino A-1 para, neste dia tão especial, expressar todo seu amor. Conheça agora a história de Isadora, mãe do Miguel e volante do Minas Brasília.
Isadora não imaginava uma gravidez aos 14 anos, e assim, vivenciou muito jovem uma realidade que lhe parecia distante. Na época vivia um sonho: a convocação para defender a Seleção Brasileira, na categoria Sub-17. Foi depois dessa experiência que os primeiros sinais da gravidez começaram a aparecer e, logo, o teste confirmou: positivo! Miguel estava a bordo de uma menina, que ao longo da maternidade, viu florescer uma precoce mulher. Hoje, aos cinco anos, Miguel é o maior fã de sua mãe, que em campo representa não só as cores do Minas Brasília, mas também a força da mãe/atleta.
“A maternidade me fez crescer como mulher e eu vi nascer junto uma mãe. O Miguel chegou na minha vida e eu digo: Ele é o meu presente!”
Carta de Isadora, volante do Minas Brasília-DF, para o filho Miguel.
“Eu engravidei muito nova, foi tudo muito rápido. Era algo que não esperava e não tinha planejado. Tinha acabado de sair de uma convocação da Seleção Sub-17 e era um momento da minha carreira que eu estava em um processo de evolução. E de repente, veio a gravidez. Foi um susto pra todo mundo, porque eu queria muito ser mãe, mas não aos 14 anos. Era uma fase difícil de enfrentar, teve muito julgamento e dúvidas, mas eu soube passar por isso.
A maternidade me fez crescer como mulher e eu vi nascer junto uma mãe. O Miguel chegou na minha vida e eu digo: Ele é o meu presente de Deus! Era pra ser meu filho. Ele me completa e me dá forças para correr pelos meus objetivos, porque hoje faço isso por nós dois.
Sei que em muitos momentos fico ausente, porque nessa profissão preciso abrir mão de muita coisa. É um desafio conciliar a maternidade com a vida de atleta e, as vezes, ele acompanha a minha rotina, vai aos treinos e jogos, em alguns momentos até viaja com o time, mas isso é exceção. A verdade é que em muitos momentos preciso ficar longe dele, da família. Mas faço isso pelo Miguel, ele representa tudo pra mim.
Ele é a minha metade e acredito que todo esforço será recompensado. Quero que ele tenha essa visão da mãe no esporte que, aos 21 anos, está jogando um campeonato importante e quer sempre mais. Por mim e por ele. Espero que ela tenha muito orgulho da nossa trajetória!”
Dia das Mães: Isadora, volante do Minas Brasília e mãe do Miguel
Créditos: Arquivo Pessoal
Fonte: CBF
Crédito de imagem: Créditos: Livia Villas Boas / Staff Images Women