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Dia Nacional da Luta Antimanicomial marca busca por saúde mental de qualidade no Brasil

Foto: Ascom Prefeitura/Rayan Nicacio

Ser privado de liberdade, torturado e passar por “tratamento de choque” já foram práticas comuns para tratar pacientes da saúde mental em diversas instituições psiquiátricas no Brasil, também conhecidas como manicômios, onde a “loucura” era tratada como uma mercadoria e não doença. Apesar deste cenário degradante e desumano ter ficado no século passado, o país continua com a luta antimanicomial, com data instaurada em 18 de maio, para dar qualidade de vida às pessoas que necessitam de atenção.

Com a implantação do SUS (Sistema Único de Saúde), por meio da Lei 8080/1990, teve início a revolução no tratamento de pacientes com patologias mentais. Mas foi somente em 2001 que a lei Paulo Delgado (10.216/2001) passou a exigir a verdadeira mudança na saúde mental, com o fechamento dos hospitais psiquiátricos e a oferta de novos serviços.

De acordo com o Ministério da Saúde, a luta antimanicomial garantiu que fossem feitas denúncias sobre graves violações aos direitos das pessoas com transtornos mentais. A partir daí foram propostas novas formas de atenção à saúde mental e a reorganização deste sistema, garantindo cidadania aos usuários e familiares dos historicamente e discriminados e excluídos da sociedade.

O Movimento de Reforma Psiquiátrica propõe que o paciente receba um tratamento muito mais humanizado, longe das internações compulsórias, convivendo em sociedade.

O atendimento para quem busca ajuda em Lucas do Rio Verde começa pela unidade básica de saúde (PSF), a já conhecida porta de entrada do SUS. O paciente passa por consulta e informa qual sua necessidade e problema e, a partir daí, é triado para receber o atendimento específico.

O encaminhamento pode ter dois destinos, onde cada caso será analisado e avaliado conforme a gravidade. Um deles é o CAPS, o Centro de Atenção Psicossocial, uma das bases comunitárias para o tratamento em saúde mental, que atualmente acompanha mais de 500 usuários e suas famílias.

O paciente também pode ser encaminhado para o Centro de Atendimento Multiprofissional (CAM), onde recebe suporte de profissionais especializados, como psiquiatra, psicólogo e neurologista.

“Hoje a gente pensa em tratar o indivíduo considerando a autonomia, lutando contra preconceitos que esse usuário vem sofrendo ao longo do tempo”, ressaltou a coordenadora da Rede de Atenção Psicossocial do município, Daiane Silva.

Fonte: Ascom Prefeitura/Aline Albuquerque
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