Dias das Mães: Gadu, atacante do Real Brasília e mãe do Théo

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Ser mãe é uma prova de amor. Ser mãe e jogadora de futebol, então, é uma responsabilidade e tanto, para lá de desafiadora. Na elite do futebol brasileiro, 11 mulheres compartilham a maternidade com a carreira de atleta. Para explicar a paixão que as move, a CBF convidou as mães que disputam o Brasileiro Feminino A-1 para, neste dia tão especial, expressar todo seu amor. Conheça agora a história de Gadu, mãe do Théo e atacante do Real Brasília.

Evelyn Monteiro, ou simplesmente Gadu, como é conhecida, tornou-se mãe aos 18 anos. À época, a maternidade não era algo que estava em seus planos, muito menos de seus familiares. O pequeno Théo chegou ao mundo como o mais bonito dos gols já feitos pela mamãe artilheira. No início, a atacante sofreu com a distância, já que a rotina de atleta a obrigava a passar por viagens e compromissos longe de Salvador (BA), onde seu filho mora com a avó. Mas a compreensão de Théo, mesmo tão novo, e o apoio da família foram cruciais para o sonho prevalecer. Hoje, na elite do futebol nacional, a centroavante do Real Brasília tem na figura de seu filho sua principal motivação para seguir adiante e superar os desafios da carreira de jogadora.

 

“Foi a melhor coisa que aconteceu em toda a minha vida”

 

Carta de Gadu, atacante do Real Brasíla, para o filho Théo, de 5 anos. 

“Foi uma surpresa, fiquei um pouco perdida. Se para mim foi uma surpresa, para minha família foi ainda maior. Acho que eles não esperavam por aquilo naquele momento. Mas hoje, olhando para trás, vendo tudo que passei e aprendi, e vendo a pessoa que me tornei, foi a melhor coisa que poderia ter acontecido na minha vida! Não só na minha, mas como na vida dos meus familiares, principalmente, da minha mãe. Para ela foi uma surpresa maior ainda, ela não esperava, naquele momento, se tornar avó. Mas hoje, ela me agradece todos os dias por esse presente.

No início, foi um pouco complicado. Era difícil assimilar as duas situações, queria estar presente em tudo, ver cada coisa que ele ia aprendendo com o decorrer do tempo. Aprender a andar, falar, rir, brincar, tudo. Eu só consegui vivenciar isso durante um ano, porque depois tive que separar para ir viver um outro sonho também. Sempre tento fazer de tudo para estar presente, ligação, chamada de vídeo, tudo. Vejo passo a passo, peço fotos do que ele está fazendo agora, do que ele está aprendendo…. Hoje em dia, de uns três anos para cá, ele se tornou uma criança muito compreensiva. Ele sabe que não posso estar presente, mas ele também sabe que é para o nosso bem, que é algo que gosto de fazer. E, querendo ou não, também é para ele. Ele é a prioridade de estar fazendo isso, vivendo esse sonho.

A gente pode usar todas as palavras possíveis: amor, felicidade, esperança. Todas essas palavras boas. Mas nunca vai ser suficiente para dizer o que o nosso filho representa pra gente. Falando do meu filho, é sem explicação, não tenho palavras para descrever o que ele significa pra mim. O que eu vivo, é por ele. Acabo, às vezes, passando por situações chatas, que acontecem no futebol, mas ao ver fotos dele, lembrar do Théo, me motiva a não desistir do meu sonho. Ele é a minha inspiração, aquele ‘empurrãozinho’. E por isso, consigo passar por cima de qualquer dificuldade!”.

Gadu, com seu maior sonho nas mãos, e sua maior inspiração em seus ombros

Gadu, com seu maior sonho nas mãos, e sua maior inspiração em seus ombros
Créditos: Arquivo Pessoal

Fonte: CBF
Crédito de imagem: Créditos: Arquivo Pessoal