Sistemas de saúde de todo o mundo tiveram que se reinventar e se desdobrar para suprir a demanda por insumos específicos às necessidades de pacientes contaminados pelo novo Coronavírus.
A situação instigou inovação e criatividade de órgãos e entidades. No Pronto Atendimento Municipal (PAM) de Lucas do Rio Verde não foi diferente.
A unidade sugeriu transformar máscaras de mergulho comuns em máscaras para serem utilizadas em aparelhos de ventilação nos leitos de Covid-19 no Município.
Em parceria com o Núcleo de Inovação UniLaSalle (Inova La Salle), as válvulas conectoras que servem para adaptar a base da máscara ao tubo por onde sai o oxigênio foram impressas em 3D.
O auxiliar administrativo do Inova LaSalle, Antonio Júnior Rodrigues Ferreira, que acompanhou tudo desde o início, explica como foi o processo de impressão das peças. “O insumo utilizado na impressão das peças para o respirador é o ABS, um tipo de plástico derivado do petróleo, muito utilizado na fabricação de peças mecanizadas e que necessitam de algum acabamento”, esclareceu.
Cada peça leva em torno de 4 horas para ser produzida e tem um custo de fabricação aproximado de R$ 15, o que fortalece ainda mais a possibilidade de produção em larga escala, num futuro próximo.
O coordenador do PAM, Matheus de Oliveira Morais, complementa, reforçando que ideia vanguardista neste caso é justamente a de economizar tempo e recursos, e suprir a demanda por aparelhos respiradores, de maneira simples e objetiva.
“O benefício de utilizarmos materiais alternativos e acessíveis para confeccionar máscaras é não depender exclusivamente dos fornecedores de produtos médicos. Assim, conseguiremos ventilar as pessoas com necessidade de ventilação não-invasiva, salvando cada vez mais vidas, com rapidez e eficiência”, frisou.
Em 2020, o núcleo de inovações também prestou suporte ao município, produzindo 100 faceshields (proteções faciais de acrílico).
Fonte: Ascom Prefeitura/Lina Obaid