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Mortes em protestos aumentam, e Colômbia espera nova onda de covid-19

 

O número de mortes registrado na Colômbia, após quase duas semanas de protestos contra o governo, subiu para mais de 40 nessa terça-feira (11), um dia antes da greve nacional convocada para esta quarta-feira. Autoridades de grandes cidades alertam sobre um pico prolongado de casos de covid-19 por causa das manifestações.

Os protestos violentos contra a proposta de reforma tributária do governo, que agora já foi retirado de pauta, começaram no dia 28 de abril. As reivindicações dos manifestantes se expandiram para incluir renda básica, fim da violência policial e retirada de um projeto de reforma da saúde que é discutido há muito tempo.

Protestos menores e bloqueios de estradas continuam diariamente por todo o país. Sindicatos e grupos estudantis convocaram greve nacional hoje, após uma reunião com o presidente Ivan Duque, que acabou sem consenso.

O ouvidor de direitos humanos da Colômbia afirmou que recebeu relatos de mortes de 41 civis e de um policial e que está verificando se os casos são diretamente ligados aos protestos.

A polícia e o esquadrão de choque Esmad são os supostos responsáveis por 11 assassinatos, segundo o ouvidor, que considerou sete mortes como não relacionadas às manifestações.

“Pedimos que medidas sejam tomadas para encerrar a violência que está fazendo a Colômbia sangrar”, disse o gabinete do ouvidor pelo Twitter.

O grupo local de direitos humanos Temblores afirmou que 40 manifestantes teriam sido mortos pela polícia, enquanto a organização não governamental Human Rights Watch disse que recebeu 46 relatos de mortes nos protestos e verificou 13.

Fonte: Carlos Vargas e Oliver Griffin – Repórteres da Reuters – Bogotá

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