A produção brasileira de aço bruto somou 11,8 milhões de toneladas no acumulado de janeiro a abril deste ano, uma expansão de 15,9% em comparação a igual período do ano passado. A produção de laminados atingiu 8,6 milhões de toneladas, um aumento de 21,4% em relação ao registrado no mesmo acumulado de 2020. A produção de semiacabados para vendas totalizou 2,5 milhões de toneladas no mesmo período, com retração de 5,6% na mesma base de comparação. As informações são do Instituto Aço Brasil (IABr).
De janeiro a abril de 2021, as vendas internas alcançaram 7,9 milhões de toneladas, uma alta de 40,5% em relação ao apurado no mesmo período do ano anterior. O consumo aparente nacional de produtos siderúrgicos totalizou 9 milhões de toneladas até abril, mostrando elevação de 43,7% frente ao registrado no mesmo período de 2020.
As importações, por sua vez, alcançaram 1,4 milhão de toneladas nos quatro primeiros meses de 2021, aumento de 99,1% frente ao mesmo período do ano anterior. Em valor, as importações atingiram US$ 1,3 bilhão e avançaram 69,8% no mesmo período de comparação. Já as exportações somaram 3,5 milhões de toneladas, ou US$ 2,4 bilhões, de janeiro a abril de 2021. Em termos de volume, houve queda de 13,9%, mas em relação a valor foi registrado crescimento de 14,4% na comparação com o mesmo período do ano passado.
Abril
A produção brasileira de aço bruto atingiu 3,1 milhões de toneladas em abril, aumento de 59,3% frente ao apurado no mesmo mês de 2020. Essa foi a maior produção desde outubro de 2018, destacou o presidente executivo do IABr, Marco Polo de Mello Lopes.
A produção de laminados, da ordem de 2,3 milhões de toneladas, evoluiu 77,4% frente à registrada em abril de 2020. A produção de semiacabados para vendas apresentou total de 638 mil toneladas, crescimento de 6,4% em relação ao mesmo mês do ano passado.
As vendas internas avançaram 96,1% frente ao apurado em abril de 2020 e atingiram 1,9 milhão de toneladas. O consumo aparente de produtos siderúrgicos foi de 2,2 milhões de toneladas, 95,7% superior ao apurado no mesmo mês do ano anterior.
Marco Polo de Mello Lopes chamou a atenção que “o forte crescimento desses indicadores se deu pela baixa base de comparação de abril de 2020, período mais agudo da grave crise de demanda que impactou a indústria de transformação e a indústria do aço”.
As exportações de abril atingiram 832 mil toneladas, ou US$ 657 milhões, resultando em queda de 5,5% em quantitativo e aumento de 36,9% em valor, sobre abril de 2020. As importações atingiram 356 mil toneladas (90,8% em ‘quantum’) e US$ 343 milhões (85,4% em valor) frente ao registrado em abril do ano passado.
Na avaliação do presidente executivo do IABr, os dados mostram que a indústria brasileira do aço continua produzindo e “colocando no mercado interno acima do que foi produzido e ofertado no início do ano”, antes da crise da covid-19.
Ele ressaltou que “a maior demanda do mercado interno reflete a retomada dos setores consumidores, mas também a formação de estoques defensivos de alguns segmentos em relação à volatilidade do mercado, ocasionado pelo boom (explosão) no preço das commodities (produtos agrícolas e minerais comercializados no mercado externo). No caso da indústria do aço, a quase totalidade de insumos e matérias primas e, em especial, as essenciais como minério de ferro e sucata, continuam com significativa elevação de preços, com forte impacto nos custos de produção do setor”, disse Lopes.
Confiança
O Instituto Aço Brasil divulgou também o Indicador de Confiança da Indústria do Aço (Icia) referente a maio. O indicador cresceu 3,7 pontos frente ao mês anterior, atingindo 71,1 pontos, devido à melhora das expectativas do empresariado do setor em relação ao cenário dos próximos seis meses, que cresceu 7 pontos, passando para 67,4 pontos. Essa foi a segunda alta seguida do Icia, depois de cinco meses de queda do indicador. O índice que mede as condições atuais da economia brasileira aumentou em 3,3 pontos, para 60,1 pontos.
O IABr informou que valores acima de 50 pontos indicam confiança, enquanto valores abaixo desse número demonstram falta de confiança.
Edição: Fernando Fraga
Fonte: Alana Gandra – Repórter da Agência Brasil – Rio de Janeiro
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