A juíza Emanuelle Chiaradia Navarro Mano, da 1ª Vara Criminal de Sorriso (a 420 km de Cuiabá), determinou a prisão preventiva de Ramira Gomes da Silva, de 22 anos, acusada de matar, esquartejar e enterrar o filho no quintal da casa onde morava.
O corpo do bebê de cinco meses foi encontrado por uma antiga moradora da casa, que, na noite de segunda (17), foi buscar seus pertences.
O cachorro dela acabou desenterrando o cadáver.
Ramira foi presa na manhã de terça-feira (18) em uma balsa de Porto Velho (RO), tentando viajar para Manaus (AM).
De acordo com o delegado responsável pelo caso, José Getúlio Daniel, a criança pode ter sido morta na última quinta.
Na decisão, a magistrada considerou ter “indícios suficientes de que a indiciada Ramira foi autora do delito”. Sendo que a constatação pôde ser obtida principalmente no depoimento da mulher que encontrou o bebê.
Com base no depoimento da testemunha, a magistrada considerou que, quando informada que o corpo de um bebê foi encontrado no quintal da casa, Ramira não foi ao local e sequer informou onde estava.
“Se limitando a informar que não estaria no município e informando que o menor estaria com uma babá. Além de não declinar o nome e endereço dessa babá, ainda alegou que a mesma a teria bloqueado para novas mensagens”, consta em trecho da decisão.
Nas diligências, os policiais não conseguiram localizar Ramira, mas apuraram que ela chegou a vender “vários objetos ilícitos” (a decisão não informa quais seriam os produtos vendidos) no Facebook.
Para a juíza, a suspeita aparentava estar angariando fundos para arcar com os gastos da fuga para o Norte do Brasil.
A magistrada ainda ressaltou o descaso de Ramira com a vida humana.
“A vítima se trata do próprio filho da suspeita, tendo seu corpo sido enterrado debaixo de um tanque no quintal de residência, possivelmente para dar tempo suficiente para a fuga da autora”, avaliou.
Por Mídia News