A vacinação de grávidas e puérperas acima de 18 anos e com comorbidades será retomada no estado de São Paulo na próxima segunda-feira (17). O anúncio foi feito hoje (12) pelo governo paulista, que informou que serão utilizadas somente as vacinas CoronaVac e Pfizer/BioNtech para essa imunização. No caso da vacina da Pfizer/BioNtech, por causa da dificuldade de refrigeração, ela será utilizada apenas para grávidas e puérperas que vivem na capital paulista.
A vacinação de grávidas e puérperas, que começaria ontem (11), foi suspensa em todo o estado paulista após a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ter recomendado a suspensão imediata do uso da vacina contra a covid-19 da Oxford/AstraZeneca/Fiocruz para mulheres gestantes. Após a recomendação da Anvisa, o Ministério da Saúde decidiu suspender a vacinação de grávidas com o imunizante.
Ontem pela manhã, antes de iniciar a vacinação de grávidas em São Paulo, o governo paulista anunciou a suspensão de vacinação desse grupo. Hoje, um dia depois, São Paulo decidiu voltar atrás nessa suspensão, mas determinou que a vacina de Oxford/AstraZeneca/Fiocruz não seja utilizada para esses casos.
Segundo o governo paulista, a expectativa é vacinar cerca de 100 mil grávidas ou puérperas com comorbidades do estado.
Para que sejam vacinadas, as grávidas e puérperas vão precisar comprovar o estado gestacional, apresentando a carteira de acompanhamento, o pré-natal ou laudo médico, além do atestado de nascimento da criança, no caso das puérperas. Também vai ser preciso comprovar a condição de risco por meio de exames, receitas, relatórios médicos ou prescrição médica.
As gestantes com comorbidades poderão ser vacinadas em qualquer idade gestacional. Já as puérperas serão vacinadas com o prazo de até 45 dias após o parto.
Relação de comorbidades definidas pelo Ministério da Saúde
• Doenças cardiovasculares
• Insuficiência cardíaca (IC)
• Cor-pulmonale (alteração no ventrículo direito) e Hipertensão pulmonar
• Cardiopatia hipertensiva
• Síndromes coronarianas
• Valvopatias
• Miocardiopatias e Pericardiopatias
• Doença da Aorta, dos Grandes Vasos e Fístulas arteriovenosas
• Arritmias cardíacas
• Cardiopatias congênitas no adulto
• Próteses valvares e dispositivos cardíacos implantados
• Diabetes mellitus
• Pneumopatias crônicas graves
• Hipertensão arterial resistente (HAR)
• Hipertensão arterial – estágio 3
• Hipertensão arterial – estágios 1 e 2 com lesão e órgão-alvo e/ou comorbidade
• Doença Cerebrovascular
• Doença renal crônica
• Imunossuprimidos (transplantados; pessoas vivendo com HIV; doenças reumáticas em uso de corticoides; pessoas com câncer).
• Anemia falciforme e talassemia maior (hemoglobinopatias graves)
• Obesidade mórbida
• Cirrose hepática
Edição: Maria Claudia
Fonte: Elaine Patricia Cruz – Repórter da Agência Brasil – São Paulo
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