Fiscalização de construções irregulares deve ser intensificada

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© Tomaz Silva/Agência Brasil

O prefeito do Rio, Eduardo Paes, disse que a sua administração tem focado no combate e fiscalização de construções irregulares na cidade. A Secretaria Municipal de Habitação (SMH) informou que o imóvel que desabou na madrugada desta quinta-feira (3), na comunidade de Rio das Pedras, na zona oeste do Rio, era irregular.

“Nós não vamos retirar as casas de todas as favelas, de todas as comunidades do Rio. O que tem que fazer é olhar essas áreas de mais risco, estas construções, para tentar fazer as melhorias habitacionais”, apontou.

Paes disse que com ele a milícia “não impede nunca” a atuação da prefeitura. “Comigo não tem essa conversa. A gente vai agir sempre com firmeza”, assegurou e acrescentou:  “No meu governo a gente vai continuar combatendo para dar um recado muito claro”. Segundo ele:  “A gente vai permanecer assim. Nem milícia, nem traficante, nem delinquente se sobrepõe ao poder do estado”.

Fiscalização

Para o governador do Rio, Cláudio Castro, que também foi ao local, é preciso melhorar a fiscalização de construções irregulares, que precisa ser feita de forma integrada entre a prefeitura e o estado. “Não adianta falar: é de um, é de outro. O problema é de todos nós em conjunto. Aqui ninguém foge da responsabilidade.”, disse.

Segundo o governador ele e prefeito terão uma conversa para alinhar estratégias e emprego de recursos para essas comunidades. “É importantíssimo para que outras tragédias dessas não aconteçam”, afirmou.

Assistência às famílias

O prefeito do Rio, Eduardo Paes, que chegou ao local do desabamento pouco depois das 8h, disse que a administração municipal está aguardando a conclusão dos trabalhos dos bombeiros para poder entrar com as medidas necessárias de recuperação da área. Segundo ele, a Defesa Civil municipal deverá elaborar um laudo técnico em que será verificado se os prédios próximos ao que desabou sofreram impactos e se necessitarão ser condenados.  “Para a gente evitar que outros acidentes aconteçam”, disse.

De acordo com Paes, a prefeitura vai tratar prioritariamente as famílias que sofreram mais com o desabamento e que perderam familiares. Os que tiverem casas de parentes ou outra possibilidade de abrigo vão ser orientados a  deslocar-se para esses locais. Para quem não tiver abrigo, a prefeitura vai viabilizar uma hospedagem. “Não tem maior dificuldade para isso. Já tem um posto avançado da Secretaria de Assistência Social montado aqui desde cedo em prédio próximo, e estava atendendo as pessoas, cadastrando e vendo todas as circunstâncias”, disse o prefeito. “Vamos prestar todo o auxílio para estas famílias, que, infelizmente, passam por esta situação trágica e muito ruim”, falou no local.

Segundo Cláudio Castro, o governo estadual atua no apoio à prefeitura com o emprego das polícias Militar e Civil, além do trabalho da Defesa Civil estadual. O governador adiantou que as secretarias de Assistência Social do estado e do município já estão atuando de forma conjunta. “Agora é momento de ajeitar a confusão que está e em segundo momento, então, pensar em alguma intervenção”, disse ao comentar a possibilidade de ações diretas do estado na comunidade. Castro afirmou que o inquérito instaurado pela Polícia Civil é que vai apontar as causas do desabamento.

O governo do Rio informou que integrantes das secretarias estaduais de Vitimados e de Desenvolvimento Social estão no local e realizam, em parceria com a prefeitura, o atendimento social e psicológico de vítimas e das famílias. Entre as ações estão o auxílio para os sepultamentos, aluguel social, cestas de alimentos e colchões.

*Matéria alterada às 15h41 para acréscimo de informação

Edição: Claudia Felczak

Fonte: Cristina Índio do Brasil – Repórter da Agência Brasil – Rio de Janeiro
Crédito de imagem: © Tomaz Silva/Agência Brasil