G7: cúpula vai incluir medidas de recuperação econômica mais justas

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(L-R) Canada's Prime Minister Justin Trudeau, President of the European Council Charles Michel, US President Joe Biden, Japan's Prime Minister Yoshihide Suga, Britain's Prime Minister Boris Johnson, Italy's Prime minister Mario Draghi, France's President Emmanuel Macron, President of the European Commission Ursula von der Leyen and Germany's Chancellor Angela Merkel pose for the family photo at the start of the G7 summit in Carbis Bay, Cornwall on June 11, 2021. - G7 leaders from Canada, France, Germany, Italy, Japan, the UK and the United States meet this weekend for the first time in nearly two years, for three-day talks in Carbis Bay, Cornwall. (Photo by Ludovic MARIN / AFP)

 

A cúpula do G7 vai discutir medidas para uma “recuperação económica mais justa, sustentável e inclusiva que responda aos desafios únicos” que se vivem atualmente, anunciou hoje (11) o governo dos Estados Unidos (EUA).

O presidente norte-americano, Joe Biden, e os líderes do Grupo dos Sete concordaram em continuar as suas políticas de apoio à economia global, “enquanto for necessário”, para criar uma recuperação “forte e equilibrada”, de acordo com declaração da Casa Branca.

Na nota, as sete economias mais desenvolvidas dizem esperar que a saída da crise gerada pela pandemia “beneficie a classe média e as famílias trabalhadoras”.

Essas medidas seriam, se adotadas, adicionais ao imposto mínimo global sobre as sociedades que os ministros das Finanças do grupo acertaram na semana passada, durante reunião em Londres, e que os EUA consideram “prioridade”.

A taxa, que seria de pelo menos 15%, recebeu impulso decisivo de Biden desde a sua chegada à Casa Branca, depois de os Estados Unidos, sob Donald Trump, terem evitado comprometer-se com essa iniciativa, que está sendo discutida na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento (OCDE).

A medida é xconsiderada por Washington “passo crítico para acabar com a corrida de décadas ao fundo, que leva as nações a competir sobre quem oferece a taxa mais baixa às grandes empresas à custa da proteção dos trabalhadores, do investimento em infraestruturas e do crescimento da classe média”.

“Ao fazer com que as grandes multinacionais paguem a sua cota-parte e ao aumentar os recursos para financiar as prioridades de renovação interna, um imposto mínimo global sobre as empresas é parte fundamental dos nossos esforços”, acrescentou a nota.

A Casa Branca quer que os países ponham fim ao imposto digital que alguns deles adotaram e destaca que o plano afetará “as grandes multinacionais em geral, tanto nacionais quanto estrangeiras, e não apenas o setor tecnológico”.

Esse princípio “assegurará que as grandes multinacionais paguem um pouco mais nos locais onde operam, independentemente de estar ou não fisicamente sediadas lá”.

De acordo com o Financial Times, o Reino Unido pressiona para que o acordo de imposto sobre as sociedades não se aplique às empresas financeiras, o pilar da sua economia, e à City de Londres.

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, acolhe hoje os líderes do G7, em cúpula considerada crucial para o combate e a recuperação mundial da pandemia de covid-19.

O encontro, que vai até domingo (13), realiza-se na Cornualha, no sudoeste da Inglaterra, e será a primeira presencial entre os líderes em dois anos.

O acesso equitativo às vacinas anticovid-19, com ênfase na redistribuição de doses excedentes dos países membros do G7 (Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido), estará no topo da agenda.

Os líderes do G7 também deverão discutir a transferência de tecnologias e recursos por países e farmacêuticas para facilitar e aumentar a produção de vacinas.

O regresso dos EUA ao Acordo de Paris representa uma oportunidade para avançar com mais compromissos no combate às alterações climáticas.

A participação de Joe Biden é oportunidade para maior união em relação à política externa, sendo esperadas discussões e declarações sobre as situações em Myanmar, no Afeganistão, na Etiópia, Bielorrússia, Líbia e no Irã.

As relações com a Rússia e a China deverão ser abordadas, depois de críticas feitas, em maio, pelos ministros dos Negócios Estrangeiros do G7, a Moscou e Pequim.

Além dos sete países, a cúpula da Cornualha conta com a participação da África do Sul, Austrália, Coreia do Sul e Índia, como convidados.

Participam ainda  a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel.

Fonte: RTP – Londres