Empresas poderão ganhar selo por incentivar doações de sangue e medula

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Foto: Divulgação

Deputados aprovaram em 2ª votação, na sessão ordinária de sexta-feira (6), o Projeto de lei n° 511/2019 que institui o Selo Empresa Solidária com a Vida, destinado às instituições que desenvolvam algum programa de esclarecimento e incentivo para que seus funcionários façam doação de sangue, medula óssea, órgãos e tecidos humanos. A empresa que aderir terá o direito de utilizar o selo em suas peças publicitárias e ser citada nas publicações promocionais oficiais do governo do Estado.

A propositura segue para sanção do governo do estado. De acordo com o parlamentar, a proposição  tem entre os objetivos distinguir e homenagear fundações com preocupação social e solidária com a existência das pessoas. Estimular que estas empresas concedam oportunidade, conscientização e condições ao trabalhador para que ele possa se dirigir ao banco de sangue ou hemocentro e se informar sobre os procedimentos que precisa fazer para ser um doador.

O parlamentar defende que esta iniciativa é uma sábia alternativa para diminuir o tempo de espera de quem está sofrendo na fila de transplante.
“O projeto representa mais uma frente de captação de doadores. Diariamente, são veiculadas campanhas publicitárias que lembram a população a respeito dos baixos estoques de sangue presentes nos hemocentros, bem como outras que encorajam as pessoas a doarem seus órgãos em benefício de tantos pacientes que têm esperança de terem vida saudável após a realização de um transplante, como o de medula óssea”, disse Romoaldo ao acrescentar que só de leucemia, o Brasil já tem mais de 10 mil casos por ano. “São pacientes que precisam de transplante de medula e que podem ser salvos com um gesto de solidariedade”, completou.

É importante informar que, no momento, o MT Hemocentro, em Cuiabá, é a única instituição de Mato Grosso que realiza o cadastro de doadores de medula óssea. O deputado advertiu que é importante desmistificar o assunto.

“Muita gente acha que a coleta é feita na coluna vertebral, e não é. É um mito dizer que é preciso colocar uma agulha na medula espinhal e que a pessoa corre o risco de ficar paraplégica”, afirma a diretora MT Hemocentro, Gian Carla Zanela. Ela explica ainda que a medula óssea, conhecida como tutano, é um tecido líquido-gelatinoso que preenche a cavidade interna de vários ossos e fabrica no sangue as hemácias (glóbulos vermelhos) e leucócitos (glóbulos brancos).

Doação – As doações podem ser feitas por dois métodos: por aférese ou por punções. No caso da aférese, o doador faz o uso de uma medicação por cinco dias com o objetivo de aumentar o número de células-tronco na corrente sanguínea. Após esse período, a doação é feita por uma máquina que colhe o sangue da veia do doador, separa as células-tronco e devolve os elementos do sangue que não são necessários. Neste caso, não há necessidade de internação nem de anestesia.

Já no método das punções, a medula é retirada do interior dos ossos da bacia. Segundo Gian Carla, o doador toma uma anestesia peridural ou geral, não sentindo dor durante a coleta. Devido ao anestésico, é necessária a internação, por um período de 24 horas, recebendo a alta médica após esse tempo. O critério de escolha de metodologia é médico.
Cadastro

Para ser doador de medula óssea é necessário se apresentar no MT Hemocentro, portando os documentos pessoais, para realizar o cadastro no Banco Nacional de Doadores Voluntários. Os requisitos são ter entre 18 e 55 anos e estar bem de saúde. Este cadastro pode ser feito de segunda-feira a sexta-feira, das 7h30 às 17h30, na sede que fica na rua 13 de Junho, no bairro Centro-Sul, em Cuiabá.

Fonte: MÁRCIA MARTINS / Gabinete do deputado Romoaldo Júnior