A CPI da Renúncia e Sonegação Fiscal, da Assembleia Legislativa de Mato Grosso vai pedir relatório de contas da Aprosoja.
A decisão foi anunciada pelo presidente da comissão, deputado Wilson Santos, após depoimento do presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho do Brasil, Antônio Galvan.
Na ocasião Galvan falou sobre a denúncia de uso indevido de recursos destinados à intuição por meio de arrecadação vinculada ao Fethab, Fundo Estadual de Transporte e Habitação.
Wilson Santos considerou o depoimento insuficiente e adiantou que além de pedir relatório de contas da Aprosoja, a CPI vai discutir mudanças na lei para haver mais transparência no uso dos recursos arrecadados pelo estado.
O recurso destinado pelo Governo de Mato Grosso para a Aprosoja, teria sido usado para financiar viagens de manifestantes que se deslocaram a Brasília, no dia sete de setembro, e participaram de manifestação a favor do governo Bolsonaro.
Questionado quanto à destinação dos investimentos, Galvan não apresentou documentos nem falou em números, mas afirmou que os valores não correspondem aos levantados pela CPI.
Segundo ele, os recursos são menores e servem para custear pesquisas, estruturação e funcionamento da entidade além de outros investimentos. Galvan defende que todo investimento é acompanhado pelos associados que também participam da prestação de contas.
Por sua vez, Wilson Santos afirmou que Antônio Galvan não entregou a ALMT nenhum documento de prestação de contas dos 138 milhões de reais recebidos durante a sua gestão.
Wilson destacou que isso deixou os deputados com dúvidas, e garantiu que existem projetos na Casa de Leis para acabar com esse fundo ou determinar a obrigatoriedade da prestação de contas deste recurso que foi criado por meio de lei.