As comissões técnicas das Seleções Femininas continuam o trabalho de acompanhamento dos campeonatos nacionais da modalidade. Seguindo a linha do Brasileiro Feminino Neoenergia e Brasileiro Feminino Sub-16, o Brasileiro Feminino Sub-18 também recebeu um monitoramento detalhado por GPS, visando avaliar os avanços físicos das atletas.
A iniciativa ocorreu na edição passada do campeonato de base, porém o monitoramento foi realizado apenas na primeira fase com os 24 clubes participantes. Na edição 2021, ainda em andamento, a análise avançou para a segunda fase da competição e pôde acompanhar mais de perto a evolução das jogadoras.
Pioneiro nos estudos de referências físicas para as categorias de base femininas no Brasil, o monitoramento por GPS tem como objetivo auxiliar as comissões técnicas das Seleções Femininas nas análises de performance das atletas. Com os resultados obtidos, as comissões podem traçar planos que garantam a evolução das Seleções em um mesmo princípio. O fisiologista da Seleção Feminina Sub-20, Rodrigo Manda, comentou sobre a finalidade da ação.
“O principal objetivo dessa iniciativa é a monitorização das características físicas das atletas, identificando as intensidades dos jogos na categoria. Além disso, essa oportunidade permite subsidiar os clubes com dados de extrema qualidade, tanto para o desenrolar do campeonato quanto para auxiliar na rotina de treinamentos, uma vez que o GPS ainda não é acessível a grande maioria das equipes”, declarou.
Créditos: Adriano Fontes/CBF
Com a análise se estendendo para mais de uma temporada, as comissões técnicas puderam enxergar resultados positivos mais profundos ao comparar as intensidades das edições do Brasileiro Feminino Sub-18. Em relatório sobre as métricas obtidas pelo GPS, Rodrigo Manda expõe que houve um aumento de 4,5% na distância percorrida pelas jogadoras, além de aumento em número de acelerações e desacelerações por partidas.
Dentro do monitoramento, os dados ilustram que a intensidade dos jogos foi maior quando observadas as distâncias percorridas em maiores velocidades. Ou seja, houve um aumento da exigência física dos confrontos assim como foram percebidas uma evolução na condição física das atletas. Os dados levam em conta a média por equipe e a atuação das jogadoras em uma partida inteira, sem discriminar as suas posições dentro de campo. A extensão da análise para a segunda fase da competição contribuiu para uma reavaliação dos clubes que avançaram no torneio.
“Essa oportunidade é de grande valia, uma vez que os dados de referência internacionais mostram que nos jogos de fases eliminatórias, as exigências físicas são maiores, e em muitos casos, determinantes para o sucesso nos confrontos. Vale a ressalva que os dados supracitados são de referência para a categoria adulta (relatório FIFA), e que para as categorias de base de futebol feminino ainda não dispomos de tais referências. Dessa forma, podendo considerar o nosso estudo como inédito para categoria e para a modalidade”, finalizou Rodrigo.
Créditos: Adriano Fontes/CBF
Fonte: CBF
Crédito de imagem: Créditos: Kely Pereira/AGIF