Lucas do Rio Verde recicla mais que o dobro da média nacional

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Foto: Ascom Prefeitura/ Anderson Lippi

Para onde vai o seu lixo? Você tem essa resposta na ponta da língua? Sabe quantas pessoas ele pode ajudar, se tornando renda ou ainda deixando de poluir o meio ambiente? Em Lucas do Rio Verde a reciclagem tem registrado saldos significativamente positivos sobre o descarte desses resíduos por parte da população.

De acordo com o Serviço Autônomo de Água e Esgoto – Saae, o município reciclou 4,9% até setembro deste ano, mais de duas vezes a média nacional, de 2,1% sobre o lixo produzido, conforme dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), média que se manteve nos últimos três anos no país.

Segundo o Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil 2020, cada brasileiro produz, em média, 379,2 kg de lixo por ano, o que corresponde a mais de 1 kg por dia, de resíduos recicláveis e orgânicos.

Em um balanço divulgado pela autarquia, responsável pelo Ecoponto, local para onde os materiais recicláveis são destinados e separados, em 2020, do total de lixo produzido na cidade, quase 16 mil toneladas (15.444.490 kg), apenas cerca de 2% foram reciclados.

Em 2021, o volume total de lixo produzido em nove meses foi de 15.761.040 quilos. Em setembro deste ano, o Ecoponto registrou a venda de 147.965 toneladas de materiais recicláveis comercializados. No mesmo período do ano passado apenas 30.440 toneladas de lixo reciclável deixaram de ir para a natureza.

No último mês, em outubro, um novo recorde, quando o número da reciclagem subiu ainda mais, com um total de 149.420 toneladas. No mesmo mês do ano passado foram 53.440 toneladas.

Sobre cada material, os números em toneladas são:
Pet: 16.600
Plástico: 12.760
Latinha (alumínio): 7.280
Papelão: 97.935
Vidro: 1.100
Ferro: 4.570

O bom resultado não se revela apenas pela conscientização da população, mas pelo trabalho realizado pela Associação dos Coletores de Materiais Recicláveis (Acorlucas) na unidade de reciclagem. No ano passado eram apenas 10 cooperados pela associação e, atualmente, 23 coletores trabalham no Ecoponto.

O coordenador de resíduos do Saae, Jailton Marques, explica que a diferença do ano passado para hoje representa uma grande evolução.

“Em setembro desse ano atingimos um ápice, de 8% do lixo reciclável que conseguimos separar. Isso nos motiva muito, a ajudar essas pessoas e tirar esse lixo do meio ambiente. São 22 famílias que sobrevivem da reciclagem”, pontuou o servidor.

A mudança se deu também pela quantidade de material que chega ao Ecoponto. Algumas ações foram desenvolvidas para aumentar o volume desses resíduos, como alterar as rotas dos caminhões e passar por pontos estratégicos.

“Esse ano buscamos mais materiais para que essas pessoas possam permanecer no Ecoponto e consigam seu salário através da reciclagem. Temos uma coleta seletiva mais limpa por conta da população, que vem cooperando, mas destacamos também o comércio”, disse Jailton.

Por Ascom Prefeitura/ Aline Albuquerque