Os dados de redução do desmatamento e combate aos crimes ambientais em Mato Grosso chamou a atenção de investidores, empresários e representantes de nações durante a participação da Comitiva estadual na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2021 (COP 26), em Glasgow, na Escócia.
“A política ambiental de Mato Grosso é destaque no Brasil e isso despertou o interesse daqueles que nos ouviram e desejam continuar as conversas pós COP, e iniciar tratativas como apoiadores e financiadores do nosso Programa Carbono Neutro, que não é só um compromisso de neutralizar as emissões, mas está estruturado em 12 ações que já estão execução, e integram ações do Poder Público e iniciativa privada”, conta a secretária de Estado de Meio Ambiente de Mato Grosso, Mauren Lazzaretti.
O programa Carbono Neutro MT prevê a neutralização das emissões dos gases de efeito estufa (GEE) no estado até 2035, por meio de investimento em 12 ações de preservação, recomposição da natureza, produção e economia sustentável.
Em 12 dias, Mato Grosso participou de 32 agendas entre reuniões com investidores e autoridades, apresentações dos dados ambientais do Estado em palestras, painéis, conferências lançamentos, assembleias e visitas institucionais.
“Conseguimos demonstrar com dados como Mato Grosso preserva o seu território, ao mesmo tempo que é o maior produtor de commodities do país. Temos efetivamente uma demanda muito grande de comerciantes, para que os produtos estejam atrelados e vinculados a uma produção sustentável que respeita a legislação, e é o que encontramos em Mato Grosso”.
A redução de alertas de desmatamento de Mato Grosso foi de 20,5% no último período de apuração, cinco vezes maior do que a média de redução dos estados da Amazônia Legal, que é 4,3%. Na série histórica de 2004 a 2020, a redução foi de 85% no desmatamento das florestas, mantendo 62% do seu território preservado, e 6% em restauração.
Na última década, MT reduziu o desmatamento enquanto duplicou a produção de grãos e do rebanho bovino, com a produção de 71 milhões de toneladas ao ano, e 31 milhões de cabeças.
“O nosso trabalho foi mostrar o compromisso com o combate aos ilícitos ambientais, que é uma preocupação em todos os segmentos. Apresentamos o programa REM Mato Grosso, e tudo que temos feito com o recurso internacional que recebemos. Não apenas o combate ao desmatamento, mas também para estruturar políticas públicas de produção sustentável de baixas emissões, e apoio às comunidades tradicionais”, explica a gestora.
A secretária ressalta o papel fundamental do Instituto Produzir, Conservar e Incluir (PCI) para a produção sustentável do estado. ” A PCI se mostrou também como uma iniciativa única no mundo e reúne o setor público, iniciativa privada e terceiro setor, em prol de um único objetivo, que é de fato promover a produção sustentável. Eles trabalham tanto com políticas públicas, como com ações concretas em campo, para que a gente possa continuar com Mato Grosso sendo o estado que mais produz e mais conserva no Brasil”.
Mato Grosso também discutiu o mercado de crédito de carbono para que as áreas preservadas possam gerar riquezas, assim como a produção gera empregos e renda. “Na Dinamarca, a produção ocupa quase 70% do território, enquanto em Mato Grosso, estamos com 63% do território preservado. As discussões agora devem caminhar para que essa preservação seja remunerada”.
Fonte: Lorena Bruschi Sema-MT
Crédito de imagem: Governador Mauro Mendes faz balanço da participação de Mato Grosso na COP-26 – Foto por: Mayke Toscano/Secom-MT