O levantamento aponta que o
rendimento mensal médio real de todas as fontes no país caiu de R$ 2.292 em 2019 para R$ 2.213. O valor é o mais baixo desde 2013, quando o número era de R$ 2.250 (já descontada a inflação do período). A queda de 3,4% é a mais intensa da série histórica iniciada em 2012.
Por outro lado, o rendimento médio mensal real habitualmente recebido de todos os trabalhos aumentou 3,4% de 2019 para 2020, chegando a R$ 2.447. A saída de 8,1 milhões de pessoas da população ocupada, no período, elevou essa média. Enquanto isso, o rendimento médio mensal real domiciliar per capita caiu 4,3% em 2020, chegando a R$ 1.349.
Já os chamados “outros rendimentos”, que engloba fontes provenientes de programas sociais, aplicações financeiras, seguro-desemprego, seguro-defeso etc., em razão do auxílio emergencial, registraram salto recorde. O programa foi criado pelo governo para subsidiar famílias economicamente vulneráveis devido à crise sanitária.
A pesquisa mostra que, de 2019 a 2020, a proporção de domicílios com pessoas recebendo programas sociais saltou de 0,7% para 23,7%, aumentando em todas as regiões, sobretudo no Norte (0,5% para 32,2%) e Nordeste (0,8% para 34%).
Além disso, caiu a proporção de domicílios que recebiam o Bolsa Família (de 14,3% para 7,2%), pois parte dos beneficiários passou a receber o auxílio emergencial.
Por Metrópoles – Talita Laurino