A Câmara de Cuiabá, arquivou, na sessão desta terça-feira, dois pedidos de abertura de comissão processante que poderiam resultar na cassação do mandato do prefeito afastado da capital, Emanuel Pinheiro, do MDB.
Dos 25 vereadores presentes, apenas seis votaram a favor da abertura, o vereador Eduardo Magalhães, do Republicanos, se absteve e outros 17 parlamentares votaram contra a instalação da comissão processante. Já o presidente da casa, Juca do Guaraná, do MDB, não votou.
A proposta de criar uma Comissão Processante surgiu depois do afastamento do prefeito Emanuel Pinheiro por decisão do desembargador Luiz Ferreira da Silva, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, a pedido do Núcleo de Ações de Competência Originária da Procuradoria-Geral de Justiça.
Pinheiro foi afastado do cargo durante a Operação Capistrum, que investigou um esquema de contratações ilegais de servidores na área da Saúde, assim como o pagamento, sem critérios, do chamado prêmio-saúde para funcionários da Prefeitura da capital, em valores que variam de 70 reais a cinco mil e 800 reais por mês.
De acordo com as investigações, Emanuel teria usado a indicação de cargos comissionados na Saúde para obter apoio político.
Um dos líderes da oposição, o vereador Diego Guimarães, do Cidadania, lamentou a posição dos colegas e disse que a Câmara perdeu a oportunidade de dar uma resposta positiva à sociedade.
Já o líder do prefeito Emanuel Pinheiro na Câmara, o vereador Mário Nadaf, do PV, afirmou que as investigações do Ministério Público e a ação judicial ainda estão em fase embrionária.
Depois do arquivamento dos pedidos de instalação da comissão processante, a vereadora Edna Sampaio, do PT, apresentou uma proposta de criação de uma Comissão Especial para acompanhar as investigações que resultaram no afastamento do prefeito Emanuel Pinheiro.
Com Sapicuá Rádio News