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Ações investigativas contra crimes informáticos recuperam quase R$ 800 mil oriundos de golpes

O enfrentamento da Polícia Civil aos crimes de estelionato cometidos por meio de plataformas digitais resultou neste ano na abertura de 238 procedimentos investigativos e recuperação e bloqueio de R$ 724 mil subtraídos de vítimas em golpes. O resultado do trabalho conduzido pela Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Informáticos (DRCI) neste ano incluiu ainda a realização de 178 oitivas e o registro de 150 boletins de ocorrências.

 

As investigações também possibilitaram em 27 representações judiciais, na prisão em flagrante de cinco criminosos, além da deflagração de duas grandes operações policiais de combate a crimes cibernéticos.

 

De acordo com o delegado da DRCI, Ruy Guilherme Peral da Silva, com a implantação da delegacia, ao longo do ano diversas diligências foram deflagradas rapidamente, dando respostas imediatas às vítimas, que puderem reaver parte ou total dos prejuízos financeiros causados por criminosos. “Os golpes e ataques cibernéticos estão cada vez mais sofisticados e são um desafio constante para as instituições policiais”, destacou o delegado.

 

Criação da DRCI

A delegacia foi criada após o surgimento da alta complexidade técnica para investigações de crimes praticados por meio eletrônico e da evolução do uso da internet por organizações criminosas.

 

Devido à grande demanda, a Polícia Civil instituiu no final do ano passado a Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Informáticos, para atuar exclusivamente na apuração de crimes cibernéticos próprios e os impróprios.

 

Atuação da DRCI

Sua atuação tem como foco principal nos crimes virtuais próprios. São aqueles que envolvem invasões de dispositivos informáticos, sequestros de dados por meio de malwares e outras situações que atingem a inviolabilidade de dados e/ou de informações.

 

Outra atribuição é dar apoio nas investigações sobre crimes impróprios, realizadas por outras delegacias do Estado. Estes são os delitos comuns praticados que utilizam como meio a internet. Entre os crimes impróprios mais recorrentes estão o estelionato, furto mediante fraude, extorsão e crimes contra a honra.

 

O delegado Ruy Guilherme explica que o apoio às investigações dos crimes impróprios são realizados por meio de orientações sobre métodos e técnicas de investigações específicas.“Em alguns casos, tratando-se de situações de grande repercussão, alta complexidade técnica ou de grande prejuízo financeiro econômico às vítimas, a DRCI fica responsável pelas investigações”, explica.

 

Estelionato virtual

É Considerada a modalidade de crime de alta recorrência virtual e a criatividade dos golpistas com a finalidade de subtrair valores de vítimas não para. A cada dia surgem novos delitos utilizando o meio da internet.

 

Entre os golpes com maiores vítimas estão o golpe do amor, o golpe do intermediador de vendas, golpe do motoboy e golpe por meio do aplicativo de celular WhatsApp.

 

Invasão de dispositivo informático

Ocorre com a invasão de dispositivo informático e consequentemente o furto qualificado praticado contra pessoas jurídicas ou físicas.

 

Fake news

A DRCI também apura ocorrências de notícias falsas relacionadas à pandemia do coronavírus, entre outras divulgações duvidosas, fictícias ou de procedências enganosas.

 

Pedofilia

A DRCI é a unidade responsável pela coordenação em Mato Grosso, da Operação Luz na Infância, que integra uma mobilização nacional de combate aos crimes de abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes na internet. A operação é articulada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública.

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