A taxa de desemprego no Brasil no trimestre móvel de agosto a outubro de 2021 caiu de 13,7% para 12,1% em relação ao trimestre de maio a julho deste ano. Também houve recuo em relação ao mesmo trimestre móvel de 2020 (14,6%).
A população desocupada caiu 10,4% na comparação com o trimestre anterior – de 14,4 milhões de pessoas para 12,9 milhões. Na comparação anual, a queda foi de 11,3% – eram 14,6 milhões de desempregados no trimestre encerrado em outubro de 2020.
Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgada nesta terça-feira (28/12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No Brasil, a força de trabalho (que inclui indivíduos ocupados e desocupados) chegou a 106,9 milhões de pessoas, crescendo 1,7% (1,8 milhão de pessoas) frente ao trimestre de maio a julho de 2021 e 7% (7 milhões de pessoas) ante o mesmo trimestre de 2020.
Um indivíduo é considerado desempregado quando não tem trabalho e segue em busca de novas oportunidades profissionais. O levantamento do IBGE considera tanto o setor formal (com carteira assinada) quanto o informal.
Aumento da informalidade
O trimestre encerrado em outubro também teve aumento da informalidade. De um trimestre para o outro, o país passou a ter mais 1,782 milhão de trabalhadores informais.
A taxa de informalidade no último trimestre foi de 40,7% da população ocupada, ou 38,2 milhões de trabalhadores informais. No trimestre anterior, a taxa havia sido 40,2% e, no mesmo trimestre de 2020, 38,4%.
Rendimento real é o menor desde 2012
O nível de emprego melhorou e isso traz certo alento à economia brasileira no curto prazo, contudo, a situação atual ainda não é confortável, avaliam economistas.
A atividade industrial fraca e a inflação elevada criaram os piores resultados desde março de 2012 em relação à renda dos brasileiros, atingindo a marca de R$ 2.449 (já descontada a inflação). O valor representa uma queda de 4,6% frente ao trimestre anterior e redução de 11,1% quando comparado ao mesmo trimestre de 2020.
“Os dados de hoje mostram o sentido agudo da atual crise, a falta de clareza das ações do governo central passa o sentimento de que o carro está em ponto morto, mas com o governo acelerando no limite só se queima gasolina sem sair do lugar”, opina o economista-chefe da Necton Investimentos, André Perfeito.
Já a massa de rendimento, ou seja, a quantidade de “dinheiro na mesa do governo”, foi de R$ 225 bilhões, com queda de 1,1% na comparação com o trimestre anterior e recuo de 1,9% em 1 ano, o que o IBGE classificou como estatisticamente estável.