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Inflação deve fechar o ano em 10,42%, maior valor desde 2015

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), prévia da inflação oficial, subiu 0,78% em dezembro e encerrou o ano de 2021 com alta acumulada de 10,42%, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (23). Esse é o maior acumulado do ano desde 2015.

Dos 9 grupos de produtos e serviços pesquisados, 7 apresentaram alta em dezembro. A maior variação veio de Transportes (2,31%), que encerrou o ano com alta acumulada de 21,35%. O resultado foi influenciado principalmente pelos preços dos combustíveis (3,40%).

No grupo Habitação a alta foi de 0,90%, impactada pelo preço da energia elétrica. Desde setembro, está em vigor a bandeira Escassez Hídrica, que acrescenta R$ 14,20 na conta de luz a cada 100 kWh consumidos. Segundo a Aneel, o motivo é a piora da crise hídrica, que exigiu medidas adicionais do setor elétrico para não faltar energia em outubro e novembro – os meses mais críticos do ano.

Em Alimentação e bebidas, a alta de 0,35% teve contribuição individual do café moído (9,10%), além dos preços das frutas (4,10%) e das carnes (0,90%) que subiram em dezembro, após recuos do mês anterior. No lado das quedas, os destaques foram o tomate (-11,23%), o leite longa vida (-3,75%) e o arroz (-2,46%).

Piora das expectativas

 

Na última pesquisa Focus do Banco Central, divulgada no início desta semana, os analistas do mercado financeiro reduziram a estimativa de inflação para 2021 e também passaram a prever uma expansão menor do nível de atividade neste ano.

De acordo com o BC, a projeção dos analistas para a inflação de 2021 recuou de 10,05% para 10,04%. Foi a segunda semana seguida de queda do indicador.

Se confirmada a previsão, será a primeira vez que a inflação atinge o patamar de dois dígitos desde 2015, quando somou 10,67%.

Para 2022, o mercado financeiro elevou de 5,02% para 5,03% a estimativa de inflação. Com isso, a inflação segue acima do teto do sistema de metas para o ano que vem (5%).

A meta central de inflação para 2022 é de 3,50%.

Por G1

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